O Banco do Brasil deu continuidade à cruzada da presidenta Dilma Rousseff contra os custos bancários. Por orientação do Ministério da Fazenda e do Palácio do Planalto, a instituição reduziu tarifas e diminuiu em até 34% o preço de pacotes de serviços.
Começa na tarde desta terça-feira (9) mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para avaliar a possibilidade de manter o processo de redução da taxa básica de juros, que caiu de 12,5% para 7,5% de agosto do ano passado até agora.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã (9) e quarta-feira (10). Atualmente, a Selic está em 7,5%, depois de passar por um processo de cortes iniciado em agosto de 2011.
Os preços dos itens da cesta básica aumentou em setembro em nove das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Florianópolis (5,23%), Belo Horizonte (3,23%) e Manaus (2,50%). As principais quedas foram apuradas em Goiânia (-5,22%), Salvador (-3,34%) e Aracaju (-2,44%).
Com a queda da rentabilidade das aplicações no mercado financeiro, a velha e tradicional caderneta está em alta entre as possibilidades de investimento. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, só em setembro, a captação líquida — diferença entre depósitos e retiradas — foi positiva em R$ 5,95 bilhões. Esse é o melhor resultado para meses de setembro desde o início da série histórica do BC, em 1995.
Grandes bancos anunciaram, nas últimas semanas, reduções nos juros que cobram nos cartões de crédito. Mas, apesar do alarde feito pelas instituições, as taxas cobradas por elas ainda superam os juros de bancos em outros países da América Latina.
A quantidade de investidores que esperam estabilidade da taxa básica de juros em 7,5% neste ano e ao longo de 2013 cresceu, segundo sinalizam os negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a pesquisa do Banco Central com o mercado por meio do Boletim Focus.
Os cortes nas taxas de juros chegaram às grandes varejistas. Liderando as reduções estão as lojas de vestuário, em especial as que têm operação própria de financiamento aos seus clientes. Caso da Renner, que anunciou na semana passada reduções nos juros de empréstimo via cartão da rede. A Guararapes, controladora da Riachuelo, e a Lojas Marisa planejam seguir o mesmo caminho.
As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) mantiveram a expectativa de que não haverá mais corte na taxa básica de juros, a Selic, este ano, e reduziram a estimativa para 2013 de 8,25% para 8%.
Oa brasileiros que pagam as taxas de juros mais altas do mundo têm visto bancos privados e públicos anunciarem seguidas reduções nas taxas de juros cobradas no crédito para pessoa física. Só nesta semana, Itaú-Unibanco, Bradesco e Caixa Econômica Federal anunciaram reduções nos juros nas operações de crédito.
Em agosto, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a 2,211 trilhões de reais, informou nesta quarta-feira (26) o Banco Central (BC). Em relação a julho deste ano, houve elevação de 1,2% e em 12 meses, de 17%.
Em mais um capítulo da cruzada da presidenta Dilma Rousseff pela redução dos spreads bancários, o Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (25) que até o fim deste ano irá reduzir as taxas de juros cobradas em todas as operações de cartão de crédito para um dígito. No rotativo, por exemplo, a taxa máxima cobrada ao mês será de 9,9%.