A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na véspera da reunião, em Brasília, do Copom que vao definir a nova taxa de juros (Selic), defende maior queda da taxa básica de juros. Entidade lembra que a cada ponto percentual da Selic soma-se cerca de R$ 19 bilhões no crescimento da dívida pública.
As centrais sindicais e entidades patronais realizaram hoje (18), em São Paulo, um ato político para protestar contra a política de juros alto adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a presença de entidades como a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) dá força ao movimento.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul (RS) faz amanhã (19), às 11h, um ato público contra a política de aumento dos juros, em frente ao Banco Central, na avenida Alberto Bins, 348, Centro de Porto Alegre.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por mais uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, este mês. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se nestas terça e quarta (18 e 19) para definir a taxa básica, que atualmente está em 12% ao ano. Na reunião anterior, em agosto, o comitê reduziu a taxa em 0,50 ponto percentual.
A crise econômica mundial, que volta a se agravar, apesar de seus efeitos maléficos em todo o sistema capitalista, vai permitir aos países emergentes da periferia a elaboração de um novo pacto político capaz de realizar reformas democráticas estruturais no Brasil. A avaliação é do líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior (PI), que discursou no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (29), destacando os efeitos da crise sobre os países emergentes, incluindo o Brasil.
O discurso feito pela senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) explicita a apropriação política do debate econômico, especialmente pelos governistas, que assumiram a defesa do Banco Central desde ao reduzir 0,5 ponto percentual na taxa Selic, para 12% ao ano. A fotografia é inédita: uma comunista defendendo o BC no Brasil e cumprimentando o seu presidente, Alexandre Tombini, que esteve nessa terça-feira (27) em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Os defensores da plena autonomia do Banco Central consideraram um erro a redução da taxa Selic, de meio ponto percentual, para 12% ao ano — ainda assim, a mais alta entre as economias industrializadas.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (1º) que o comportamento da taxa básica de juros (Selic) no Brasil dependerá da conjuntura internacional. Ontem (31), o Banco Central decidiu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, baixando a taxa para 12% ao ano. Embora tenha defendido a queda dos juros na última terça-feira (30) e dito que a elevação do superávit primário pelo governo federal criava condições para que isso ocorresse, a presidenta destacou que o BC tem autonomia.
A decisão do Copom em reduzir a meta da taxa de juros em 0,5% nesta quarta-feira demonstra um esforço de convergência entre os objetivos das políticas fiscal e monetária. O compromisso anunciado na segunda-feira passada pela presidente Dilma Rousseff de que seria mantida a austeridade fiscal neste exercício para abrir espaço para uma redução da taxa de juros foi para valer e já se iniciou.
Por Renato Rabelo*
O esforço fiscal, representado pelo aumento de R$ 10 bilhões no superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), anunciado no último dia 29 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não será suficiente para baixar os juros.
“Estudante na rua, qual é sua missão? 10% do PIB para educação”. A palavra de ordem foi o mote da manifestação que a União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu, nesta quarta-feira (31), em Brasília, encerrando as atividades do Agosto Verde Amarelo. Os estudantes se concentraram em frente a agência do Banco Central; de lá saíram na Marcha dos Estudantes, percorrendo toda a Esplanada dos Ministérios, até o Congresso Nacional, onde repetiram suas reivindicações.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define hoje (31) a taxa Selic, sob pressões para reduzir os juros básicos da economia. Hoje, mais uma manifestação em frente ao BC pede a redução da taxa.