O governo brasileiro defendeu nesta quinta (1) uma transição democrática na Líbia e pediu o fim do conflito, durante uma conferência internacional em Paris para discutir o futuro do país.
O Brasil vai “encorajar um processo democrático de transição que transcorra com segurança e pleno respeito aos direitos humanos e aos interesses dos diferentes segmentos da sociedade líbia”, dizia um comunicado do governo, divulgado pela Embaixada do Brasil na França nesta quinta.
Em defesa da autonomia e da democracia na Líbia, o embaixador extraordinário do Brasil para o Oriente Médio, Cesário Melantonio Neto, que participa nesta quinta-feira (1º/9) de uma reunião internacional, em Paris, defenderá a posição brasileira.
Se a semelhança entre os cenários da devastadora mudança de regime no Iraque e na Líbia significa alguma coisa, o futuro da soberania de Bashar al-Assad na Síria pode estar por um fio. O xis da questão – lembro eu – é que mudar o regime na Síria é providência absolutamente central para todos os objetivos dos EUA no Oriente Médio.
Por M. K. Bhadrakumar, no Rede Voltaire
Sobre a infausta guerra na Líbia muito já foi escrito e dito. Dos canais da comunicação social dominante continuam a jorrar rios de falsidade e desinformação, com muito folclore e tiros para o ar (quando não à queima-roupa) à mistura. Sobressai atrozmente, neste novíssimo jornalismo corporativo embedded com o imperialismo, a irracional desvontade assumida ou consentida (ao que os tempos obrigam…) em ler e compreender a realidade.
Por Luiz Carapinha
Os rebeldes que tomaram o controle do poder na Líbia contaram com uma substancial ajuda de militares britânicos e franceses em treinamentos e munições. Apesar disso, integrantes importantes na história da Al-Qaeda também agiram com esses rebeldes. E, para completar, é muito provável que os norte-americanos já estivessem planejando a queda do ditador Muamar Kadafi desde ao menos 2010.
A guerra que as forças da Otan desencadearam contra a Líbia intensificou-se na últimas horas com um banho de sangue que é o resultado de massacres em massa, em particular de civis em Trípoli e em outras cidades.
As forças leais à Otan que combatem o exército regular líbio deram nesta terça-feira um ultimato para que os combatentes se rendam, antes de sábado, ao mesmo tempo em que têm dificuldade em conquistar a cidade de Sirte, local de nascimento de Muamar Kadafi.
A Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou a Grã-Bretanha a descongelar cerca de US$ 1,5 bilhão que estavam retidos em bancos britânicos.
O dinheiro estava congelado desde fevereiro, quando a ONU impôs sanções financeiras à Líbia devido aos combates no país. A verba deverá ser enviada ao Banco Central líbio para ser utilizado como ajuda humanitária.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, confirmou nesta terça-feira (30) que participará na reunião de cúpula sobre a Líbia, do chamado Grupo de Contato, à qual estará presente também um representante do Brasil.
O terrorista da al-Qaeda que a CIA nomeou como comandante na Líbia: seu nome é Abdelhakim Belhaj. Alguns no Oriente Médio podem ter ouvido falar dele, mas poucos no ocidente o conhecem. Já é tempo de saber. A história de como um membro da al-Qaeda acabou por ser o principal comandante militar líbio na devastada Trípoli relaciona-se como a comprometedora propaganda de intervenção “humanitária” construída com todo o cuidado pela Otan.
Por Pepe Escobar *
O maior terminal de petróleo da Líbia foi danificado durante os combates entre rebeldes e forças leais a Muamar Kadafi, afirmaram trabalhadores do setor e testemunhas.
A representante da Argélia na ONU defendeu a decisão de seu país de receber a mulher e três filhos do líder líbio foragido Muamar Kadafi. Em entrevista, o representante argelino Mourad Benmehidi disse que existe na região uma "regra sagrada de hospitalidade".