Desencadear o mal no mundo. Esta é a conseqüência das intervenções irresponsáveis e imprudentes dos EUA em vários países, a saber: Iraque, Líbia e Síria, entre outros. Sob o governo Saddam, Gadaffi e Assad as várias seitas existentes no Oriente Médio viviam em paz. Hoje, massacram-se uns aos outros, enquanto um novo grupo, o DAASH, ou EIIL, ou ISIL ou ISIS, está em pleno processo de criação de um novo Estado, com pedaços do Iraque e da Síria.
Por Paul Craig Roberts*
O Brasil e os Estados Unidos – cada um por suas razões – acabam de retirar seu pessoal diplomático de Trípoli, na esteira da desastrada intervenção dos EUA e da Otan na Líbia, que teve como consequência a entrega de uma das mais desenvolvidas nações do continente africano a uma matilha de quadrilhas radicais islâmicas, após a derrubada e o assassinato de Muamar Kadafi, em 2011.
Por Mauro Santayana, para o Jornal do Brasil
Intensos confrontos entre milicianos islamistas e rebeldes pró-governistas mataram cerca de 30 pessoas na manhã desta terça-feira (29) em Bengazi, no leste da Líbia. O confronto terminou com a invasão de uma base do exército em Bengazi.
Os países responsáveis pelo desmantelamento do anterior regime líbio e pela situação caótica em que a Líbia caiu, e se agrava diariamente, estão tirando os seus representantes diplomáticos de Trípoli para fugirem da instabilidade e das guerras civis.
Por Armando Vicente, de Trípoli, e Pilar Camacho, de Bruxelas para Jornalistas sem Fronteiras
Neste fim de semana, confrontos em Bengazi, segunda maior cidade da Líbia, deixaram ao menos 59 mortos. Países ocidentais instaram seus cidadãos a abandonar a região o mais rápido possível. No domingo (27), um comboio blindado que transportava diplomatas britânicos à vizinha Tunísia foi atacado por milícias que têm combatido contra as forças oficiais na região. A fuga é controversa, uma vez que França e Reino Unido lideraram os bombardeios e a derrubada do governo de Muammar Kadaffi em 2011.
Pelo menos 20 pessoas morreram e quase 70 ficaram feridas quando o exército líbio e as forças de um ex-general combatiam militantes islâmicos na cidade oriental de Bengazi na segunda-feira (2), disseram fontes médicas.
Os Estados Unidos enviaram um navio anfíbio de assalto, o USS Bataan (LHD-5) para áreas próximas da Líbia, diante da possibilidade de uma evacuação rpapida dos diplomatas estadunidenses desse país, segundo informou nesta quarta-feira (28) o jornal Navy Times.
As eleições para o parlamento da Líbia, que substituirá o Congresso Geral Nacional, serão em 25 de junho, informou o presidente do Comitê Eleitoral Central, Imad al-Saih.
Um general com ligações conhecidas à Agência Central de Inteligência (CIA) e uma associação de milícias sob o seu comando desencadearam um conjunto de ações armadas em Trípoli e Benghazi em sintonia com movimentos de forças especiais norte-americanas, em bases militares mediterrânicas.
Armando Vicente, de Trípoli para o Jornalistas sem Fronteiras
O primeiro-ministro interino da Líbia, Abdullah al-Thani pediu demissão citando uma tentativa de ataque à sua família, segundo a declaração postada na página do governo, neste domingo (13). Al-Thani disse que a ameaça deve-se ao seu papel nas negociações com rebeldes que ocupavam portos petrolífero no país, com demandas de federalização.
O parlamento da Líbia aprovou nesta terça-feira uma moção de censura contra o primeiro-ministro, Ali Zidan, e designou em seu lugar o ministro da Defesa, Abdallah Al-Thani, segundo informou à mídia ocidental o deputado Hussein al Ansari.
O governo estadunidense “advertiu” rebeldes líbios contra a tentativa de exportar petróleo sem o consentimento do governo central. Washington afirmou que os compradores do “petróleo ilegal” poderiam ser criminalizados e sofrer sanções. As autoridades da Líbia – eleitas em 2012 após a intervenção militar criminosa e a derrubada do governo anterior, em 2011, pela aliança ocidental belicosa, a Otan – afirmaram que vão impedir as exportações e que navios de guerra foram movimentados para este fim.