Só com os juros cobrados, os bancos embolsaram mais de R$ 354 bilhões no ano passado. Os juros do cheque especial chegam a 300% ao ano. 10,8% da renda anual das famílias foram usadas para pagamento de juros
Por Rosely Rocha, especial para Portal CUT
O economista Márcio Pochmann afirmou que a "reforma trabalhista de Temer atende aos interesses dos bancos, o setor de lucros extraordinários no Brasil".
O período entre as festas do final do ano e a folia do Carnaval é normalmente marcado pela divulgação de informações que deveriam deixar envergonhados todos os que se preocupam com um mínimo de decência e justiça em termos da organização de nossa sociedade. Em especial, me refiro à forma como são apropriadas e distribuídas as diferentes formas de renda e riqueza entre nossos cidadãos.
Por Paulo Kliass*
O Itaú Unibanco teve um lucro de R$ 24,9 bilhões no ano de 2017; um ganho 12,3% maior que o lucro que teve em 2016.
Por Jeferson Miola*, em seu blog
O banco Itaú continua a aplicar uma política de demissões e fechamento de agências mesmo com continuidade dos altos lucros. Nesta semana, a instituição apresentou o balanço financeiro do terceiro trimestre do ano, que revelou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões, sendo que nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido recorrente do banco foi de R$ 16,3 bilhões.
O resultado dos maiores bancos do país para 2015 e um estudo do IBGE sobre a indústria brasileira indicam que há algo muito errado com a economia no Brasil. Enquanto o Itaú Unibanco e o Bradesco lucraram, juntos, mais de R$ 40 bilhões no ano passado, a produção industrial recuou 8,3%. Enquanto o financismo prospera, engordando o bolso de poucos privilegiados, o setor produtivo definha, fazendo com que trabalhadores percam seus empregos e atrasando a retomada do crescimento.
A crise que afeta a economia brasileira, atingindo em cheio as forças produtivas, parece não abalar o setor financeiro. O Bradesco e o Santander anunciaram que 2015 foi um ano de aumento nos lucros. Juntos, tiveram ganhos de quase R$ 24 bilhões. Para os trabalhadores, há pouco o comemorar. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Dieese, as instituições financeiras do país fecharam mais de 10 mil postos no ano passado.
A crise que afeta a economia brasileira, atingindo em cheio as forças produtivas, parece não abalar o setor financeiro. O Bradesco e o Santander anunciaram que 2015 foi um ano de aumento nos lucros. Juntos, tiveram ganhos de quase R$ 24 bilhões. Para os trabalhadores, há pouco o comemorar. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Dieese, as instituições financeiras do país fecharam mais de 10 mil postos no ano passado.
Apesar de continuarem com lucros elevados, os bancos fecharam quase 10 mil postos de trabalho (9.886) em 2015, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em parceria com o Dieese. O total é quase duas vezes maior do que o ano anterior (5.004).
A cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre lucros e dividendos poderia substituir, com vantagem, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), defendeu, nesta sexta (27), o Conselho Federal de Economia (Cofecon). Em carta aberta à Presidência da República e ao Congresso Nacional, a entidade pediu a restituição do tributo, que deixou de ser cobrado em 1995.
Por 277 votos favoráveis e 77 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 675/15, que eleva de 15% para 20% a alíquota da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras: bancos, seguradoras, administradoras de cartões de crédito.
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,008 bilhões, no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 6,3%, na comparação a igual período de 2014 (R$ 2,829 bilhões). Os ativos do Banco do Brasil atingiram R$ 1,534 trilhão em junho deste ano, crescimento de 9,5% em 12 meses e 0,7% em relação ao trimestre anterior.