A classe dominante brasileira não brinca de golpe. Ao longo da história todas as vezes nas quais ela sentiu necessidade de se desfazer de um governo ou de uma parte do poder de Estado para garantir a manutenção dos seus interesses econômicos e políticos fundamentais, ela o fez. E sempre que necessário também atacou com ferocidade os movimentos populares. No golpe em curso não é diferente.
Por Altair Freitas*
Parte da argumentação dos advogados do ex-presidente deve estimular o Supremo a reabrir o debate sobre a prisão em segunda instância.
O TRF-4 não amaciou. Confirmou a sentença da primeira instância. Não houve divergência nem nas penas, fechando as portas para recursos protelatórios. A candidatura de Lula, contudo, mesmo que tenha poucas chances de sobrevivência, continua a melhor opção para o PT. O tal 'Plano B' é insistir até onde der com Lula; registrar a candidatura e esperar a manifestação contrária. Lula terá que ser retirado da disputa e o efeito desta estratégia, para os ambos os lados, é questão aberta.
Por Fernando Limongi*
O esperado resultado do julgamento do recurso do ex-presidente Lula pelo TRF-4 não deixou de ser um golpe de mestre da direita, mesmo que enraizado em golpe baixo, por fortalecer, em um país dividido pela polarização política, a causa-mor do controle do poder de Estado pela coalizão das oligarquias posicionadas estrategicamente nos Três Poderes e na sociedade civil endinheirada.
Por Marcus Ianoni*, no Jornal do Brasil
Às vésperas do julgamento do TRF-4, o ex-presidente Lula recebeu o jornal argentino Página/12 para uma conversa. Durante a longa entrevista, ele falou sobre os impactos do golpe contra Dilma Rousseff no Brasil e na América Latina, os desafios e as perspectivas para 2018.
Por Pablo Gentili*
Da Ponte para o Futuro à injustiça do TRF-4, Brasil só vê o prolongamento da recessão e a ruptura da democracia.
Por Marcio Pochmann
A imprensa internacional, que não depende da publicidade do covil golpista para sobreviver e que não está tão contaminada pelas visões fascistas da direita nativa, demonstra cada vez maior preocupação com os rumos da democracia no Brasil.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Em nota divulgada neste sábado (27), o Conselho Federal de Economia (Cofecon) critica a atual busca de crescimento econômico acompanhado de piora nos indicadores sociais. A entidade afirma que há uma enorme pressão do mercado sobre a arena política e institucional no Brasil. “Não pode o interesse econômico de investidores e especuladores substituir a vontade de 208 milhões de brasileiros”, diz o texto. Para o Cofecon, o mercado quer criminalizar a política para impor sua agenda de reformas.
"O sistema de justiça brasileiro não oferece condições para que o ex-presidente Lula seja tratado como cidadão, mas como um inimigo". Essa é a avaliação do advogado e professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, que, em entrevista ao Brasil de Fato, analisa o cenário político e jurídico do ex-presidente Lula após condenação em segunda instância nesta quarta (24) no TRF4, em Porto Alegre.
O Estado Democrático de Direito é ostensivamente negado e deixa de ser uma realidade quando o Poder Judiciário, contrariando seu papel constitucional de guarda da Constituição e garantidor do Direito e da Justiça, decide arbitrariamente, condenando sem que tenham sido apresentadas provas objetivas comprovando a culpa do acusado.
Por Dalmo Dallari*
Evento, que acontece nesta segunda-feira (29) no Tucarena, traz entre os expositores o advogado australiano Geoffrey Robertson, que fez duras críticas ao julgamento do ex-presidente feito pelo TRF4.
Não falar de Lula neste janeiro, é fugir do assunto. A massa de textos que se produz acerca deste homem é tal que é preciso fazer a ressalva, antes de aumentá-la ainda mais. Só Moro escreveu 238 páginas – falaciosas, é verdade – e citou o nome de Lula 557 vezes. Um fã.
Por Gustavo Conde*