As redes sociais divulgaram, com perplexidade, o programa do Ratinho, que foi ao ar no último dia 15. Velho de guerra do estilo televisivo moribundo dos anos 90, com exames de DNA, deficientes físicos estereotipados como aberrações e muitos barracos, o apresentador, enfim, conseguiu destaque, chutando a nuca da sua assistente de palco, Milene Pavorô.
Por Laís Gouveia
Como um tiro na cabeça e um mal estar sem medidas, de um jornalismo sarcástico e violador de direitos – a revista Veja esta semana dedicou algumas páginas para uma abordagem a respeito do estilo de vida caseiro e discreto da esposa do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, intitulado “Bela, recatada e do lar” – Marcela Temer é o protótipo a ser seguido e admirado, afinal, qual o problema em conter tantos adjetivos do século passado?
* Por Angelina Anjos
Todo mundo viu, quase ninguém gostou. A revista Veja estampou na semana passada uma foto da esposa de Temer, Marcela, tecendo comentários positivos sobre ela, enaltecendo-a como uma mulher bela, recatada e do lar. Não haveria problema algum caso os únicos adjetivos que a acompanhassem na nota não fossem estes.
Por Matê da Luz
Viraliza na internet mais uma piada de uma pérola da mídia tupiniquim. Em pleno século 21, uma revista de (des)informação fez reportagem sobre a esposa do ainda vice-presidente Michel “vaza” Temer, Marcela, com o título sugestivo de “Bela, recatada e do lar”. Para as dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ivânia Pereira e Gicélia Bitencourt, a abordagem é machista e atenta contra avanços conquistados pelas mulheres.
Ao tratar a presidenta Dilma Rousseff de maneira machista, parcela da imprensa e da sociedade rompem as barreiras da democracia. A misoginia, mais do que aversão às mulheres, é o ódio ao gênero feminino.
A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), criticou o machismo da revista IstoÉ que, em sua edição desta semana, ataca à Presidenta da República, Dilma Rousseff, de desequilíbrio e descontrole emocional, na matéria intitulada As Explosões Nervosas da Presidente.
A ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, disse nesta quarta-feira (9) que cada avanço e cada direito que vão sendo garantidos para as mulheres no Brasil ajudam na mudança do imaginário que muitas têm sobre si mesmo e que os homens têm sobre as mulheres.
O desaparecimento de Marina e Maria comoveu a América Latina nas últimas semanas. Seus corpos foram encontrados com golpes na cabeça e dois homens confessaram o crime. Na internet, houve quem culpasse as mulheres pelo assassinato. Por outro lado, uma jovem escreveu uma carta emocionante em homenagem às vítimas
No sábado (20) à noite, em um show no México, o cantor Alejandro Sanz abandonou por breves instantes sua atuação para descer do palco e defender uma espectadora que estava sendo maltratada por um indesejável, os merecidos elogios irromperam nas redes sociais: foi chamado de grande, herói, e dedicaram-lhe muitos outros elogios.
Por Pablo de Llano, no El País
O Atlético Mineiro lançou seu uniforme para a temporada 2016 nesta segunda-feira (15), em desfile realizado em uma casa de festas em Belo Horizonte. Mas não foram os modelos das novas camisetas que chamaram a atenção, e sim a forma escolhida para mostrá-las. O uniforme foi exibido por modelos mulheres que usavam além da camiseta, biquínis. Diferente de quando o desfile é protagonizado por homens (normalmente jogadores), que ocupam a passarela completamente vestidos.
Da marchinha ao funk, foliãs feministas foram nesta quarta-feira (10) protagonistas do bloco Mulheres Rodadas, que saiu nesta Quarta-Feira de Cinzas, no Largo do Machado, zona sul do Rio de Janeiro. Criado no carnaval do ano passado como reação a atitudes machistas nas redes sociais, o bloco cresceu e ganhou centenas de colaboradores e uma banda com mais de 100 músicos, formada majoritariamente por mulheres.
Pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, como contribuição à campanha Carnaval Sem Assédio, do site Catraca Livre, mostra que a maior parte da visão masculina ainda é machista em relação à participação de mulheres nos festejos de rua.