“Integração e participação social serão temas prioritários na gestão do Brasil na presidência pro tempore do Mercosul, de agosto a dezembro deste ano”, disse nesta terça-feira (25) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
A crise econômica mundial, que durará pelo menos mais uma década, e a maior liberdade de políticas econômicas na área externa, decorrente do enfraquecimento do pensamento neoliberal que a provocou e das ações protecionistas dos países desenvolvidos, fazem com que os países do Mercosul possam aproveitar essa rara oportunidade para aproveitar a extraordinária demanda chinesa por produtos primários e torná-la um fator de seu desenvolvimento econômico, isto é do seu desenvolvimento industrial.
No debate “O Mercosul e a Unasul: Desafios para o Aprofundamento da Integração Sul-Americana”, dentro da programação do Seminário Política Externa Brasileira: Desafios em um mundo em transição, o ministro Marco Aurélio Garcia, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, afirmou que “depois do colapso do sistema bipolar e o posicionamento unipolar dos Estados Unidos, começamos a assistir o desenho de um mundo que poderíamos chamar de multipolar”.
Prossegue nesta quarta-feira (19) o seminário promovido pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre “Os desafios da política externa brasileira em um mundo em transição”. O evento, iniciado ontem (18), aborda as transformações dos cenários e conjunturas internacionais e os desafios e oportunidades que se colocam para o Brasil dentro desse contexto de grandes mudanças.
Ao participar do seminário Os desafios da Política Externa Brasileira em um Mundo de Transição, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (11), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (foto abaixo), falou sobre a posição do Brasil diante dos conflitos no mundo. Sobre a crise na Síria, ele disse que o governo do Brasil condena qualquer tipo de intervenção militar; e sobre o vizinho Paraguai, afastado do Mercosul, ele declarou que a suspensão seja “temporária e breve”.
A Bolívia pretende iniciar no próximo ano as negociações para aderir como membro pleno do Mercosul. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (06) pelo vice-chanceler boliviano, Juan Carlos Alurralde, em evento em La Paz.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rebateu as críticas da oposição ao processo de suspensão do Paraguai e o ingresso da Venezuela no Mercosul. Ele afirmou nesta quarta-feira (5), em audiência pública realizada pela comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados, que foi um processo amplamente debatido e acordado entre os países-membros do bloco.
A suspensão temporária do Paraguai do Mercosul não afetou 19 projetos em vigência no país, vinculados ao Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), segundo a Secretaria de Economia e o Ministério das Finanças paraguaio. No total, as iniciativas envolvem US$ 829 milhões. De acordo com autoridades do país, os projetos foram negociados nos últimos seis anos. Um deles é relativo à Itaipu Binacional, no valor de US$ 400 milhões.
A Colômbia aderiu ao existente Acordo sobre Residência Para Nacionais dos Estados Partes do Mercosul e Associados, subscrito em Brasília em 6 de dezembro de 2002. Naquele ano, os Estados Associados eram somente Bolívia e Chile. Logo o Acordo obteve adesão de Peru e Equador, em 2011, e Venezuela, em 2012. Todos os membros efetivos e associados do Mercado Comum do Sul pertencem ao Acordo sobre Residência.
“A entrada da Venezuela no Mercosul é a mais ressonante vitória que a politica exterior do presidente Chávez teve”. Assim, o deputado venezuelano do PSUV, Roy Daza, iniciou a entrevista que concedeu ao Portal Vermelho na última sexta-feira (17), no Hotel Braston, onde participou da reunião do Fórum de São Paulo, na capital paulista. O comandante Hugo Chávez disse claramente que “Nosso Norte é o Sul”, completou.
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
Hoje, o embate político, econômico e ideológico na América do Sul se trava entre os Estados Unidos, a maior potência do mundo; a crescente presença chinesa; e as políticas dos países do Mercosul, que ainda entretém aspirações de desenvolvimento soberano, pretendem atingir níveis de desenvolvimento social elevado e que sabem que, para alcançar estes objetivos, a ação do Estado, é indispensável.
Por Samuel Pinheiro Guimarães, em Carta Maior
A adesão da Venezuela ao Mercosul e a temporária suspensão do Paraguai do bloco já foram oficialmente notificados à Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul). As duas decisões criaram um impasse político que impede a retomada das sessões do órgão legislativo regional.