Uma categoria mais fortalecida. Esse é o saldo mais positivo do movimento grevista realizado pelos metroviários nesta quarta-feira (23), em São Paulo. A paralisação que durou menos de 24 horas obteve reajuste de 6,17% (1,94% de ganho real), aumento nos vales-alimentação e vale-refeição, e 5% a mais no adicional de risco de vida para o pessoal que trabalha.
A greve dos metroviários paulistas confirma a força estratégica desta reduzida categoria, com 8,6 mil trabalhadores. Ela paralisou totalmente o maior centro urbano do país. Diante do seu êxito, o governador Geraldo Alckmin revelou, mais uma vez, toda a sua truculência.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Em nota, entidade aponta dedicação dos funcionários, castigados por excesso de horas extras e vitimados por doenças do trabalho
Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (22) entrar em greve a partir da 0h desta quarta-feira por tempo indeterminado. Eles rejeitaram a proposta de aumento do Metrô, que significava uma reposição de 4,15% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 1,5% de ganho real. Apenas a Linha 4-Amarela funciona amanhã por pertencer a um consórcio público-privado.
A ex-sub-prefeita Soninha Francine provocou uma onda de protestos no Twitter com as hastags #sussa #mtoloco ao opinar sobre o acidente grave que aconteceu hoje no metrô de São Paulo, que deixou 33 usuários feridos. "Metro caótico, é? Nao fosse p TV e Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco", declarou em seu microblog a ex-apresentadora de TV e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo.
A greve de metroviários e ferroviários de seis capitais brasileiras já afeta diretamente pelo menos 515 mil pessoas e milhares de usuários de ônibus. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de transportes vinculada ao Ministério das Cidades, disse que os trabalhadores do setor exigem um reajuste salarial que reponha as perdas salariais de 2011 e benefícios como plano de saúde integral.
O grave acidente que aconteceu na manhã desta quarta-feira (16) na linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo foi causado por uma falha mecânica na sinalização da velocidade da via. Esse é mais um sinal de que algo vai mal no metrô da capital paulista. "Só não foi pior porque havia um operador no trem. E se fosse na linha amarela que não tem operador?", indaga o dirigente da Federação Nacional dos metroviários (Fenametro), Wagner Fajardo.
Os metroviário de Natal, João Pessoa, Salvador, Maceió e Rio de Janeiro cruzam os braços a partir desta terça-feira (15). No Recife, a greve começa a ártir das 22h de hoje. Em Belo Horizonte, começou desde as primeiras horas da segunda (14).
Como parte das atividades da campanha salarial de 2012, que teve início na última sexta-feira, os metroviários de São Paulo realizam nesta quinta-feira (10), às 18h30, assembleia na sede do sindicato.
“Essa decisão do TRT é inaceitável, mais um atentado ao trabalhador”. Foi essa a definição dada por Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), sobre a liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que obriga os metroviários a manterem durante a greve 100% dos serviços em horário de pico e 90% nos demais horários.
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (23), os metroviários de São Paulo decidiram pela greve geral da categoria.
O metrô de São Paulo expande-se de forma lenta e equivocada, aponta o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior. Ao “esticar linhas”, sem criar conexões, a ampliação do metrô aumenta a superlotação e o risco de acidentes. “O Metrô vem de um atraso de décadas que, somado a mais gente no sistema e à expansão lenta, cria superlotação. O que aumenta mesmo são os problemas”, critica.