Na primeira entrevista coletiva do gabinete dos sem voto, nesta sexta-feira (13), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, culpou os partidos políticos pelo fato de não ter mulheres no ministério do governo de Michel Temer. Segundo ele, os partidos políticos não indicaram mulheres e que a composição ministerial se fez a partir de nomes apresentados pelas legendas que apoiaram o golpe.
O ministério formado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) foi alvo de críticas da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que, em discurso no Plenário do Senado, nesta sexta-feira (13), disse que ao invés da equipe de “notáveis”, conforme o prometido por Temer, tem sete nomes citados na Operação Lava Jato. E nenhuma mulher e nenhum negro ou negra.
Empossado pelo usurpador Michel Temer (PMDB) como ministro da Justiça, o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, assim como faz em São Paulo, demonstrou o motivo de ter sido escolhido para a pastas: atacar os movimento sociais.
Nesta quinta, 12, o Presidente Interino Michel Temer anunciou sua equipe de Ministérios, com 21 homens divididos para os cargos. Entre eles, pessoas de seu círculo íntimo que estarão à frente de pastas importantes como a Secretaria de Governo e o Turismo, assumida por Geddel Vieira Lima e Henrique Alves, respectivamente. No entanto, a depender do precedente do Supremo Tribunal Federal, o recente time de ministros pode estar prestes a passar por mudanças.
Articulador do processo de impeachment que dividiu a sociedade brasileira e paralisou o país, o presidente ilegítimo, Michel Temer (PMDB), defendeu, em seu primeiro pronunciamento, que é “urgente pacificar a Nação” e “unificar o Brasil”. Em um momento grave da cena política nacional, ele mencionou o “entusiasmo” dos novos ministros. Também fez a defesa do estado mínimo e afirmou que o povo brasileiro “há de prestar sua colaboração” para tirar o país da crise.
O retrocesso nas políticas de gênero no governo ilegítimo de Michel Temer se tornou realidade. O anúncio do ministério nesta quinta-feira (12) excluiu as mulheres, que não ficam de fora de ministérios desde o governo militar de Ernesto Geisel (1974/1979). Segundo militantes do movimento de mulheres, parlamentares e pesquisadoras, a desigualdade volta a ser tratada com naturalidade e a ausência feminina nos espaços de poder será política de governo.
Por Railídia Carvalho
O conjunto da obra sinaliza que a certeza de retrocesso – em um sentido amplo, geral e irrestrito – é a única definição mais segura para o governo Temer.
Por Paulo Kliass*
Em pronunciamento à Nação nesta quinta-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que o seu afastamento é uma fraude jurídica e política. “Não cometi crime de responsabilidade. Não há razão para o processo de impeachment. Não tenho contas no exterior. Nunca recebi propinas. Jamais compactuei com a corrupção”, disse a presidenta.
Repetindo o resultado da votação do pedido de impeachment, a maioria dos deputados deve dar apoio ao governo interino de Michel Temer na Câmara dos Deputados. Ao todo, nove partidos – PMDB, DEM, PTB, PSDB, PP, PSD, PR, PPS e PSB – darão apoio a Temer no Congresso. Para garantir esse apoio, Temer já acenou com um ministério formado por nove deputados, três senadores e quatro ex-deputados.
Logo após se pronunciar no Palácio do Planalto sobre o afastamento do cargo da Presidência por 180 dias, a presidenta Dilma Rousseff, junto com os seus ministros e também com a presença do ex-presidente Lula, foi ao encontro dos movimentos sociais, que a aguardavam para prestar apoio e solidariedade. Dilma agradeceu o carinho e declarou que foi vítima de "traição e profunda injustiça".
Por Laís Gouveia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou o seguimento de um mandado de segurança que foi levado ontem (10) à Corte pelo Diretório Municipal do PT na Cidade Ocidental (GO). O diretório ingressou com o mandado de segurança, com pedido de liminar, para impedir que o vice-presidente da República, Michel Temer, caso assuma o governo com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, exonere e nomeie ministros.
Movimentos organizados marcaram atos para estar quinta (12) em frente a diversas sedes locais do PMDB, às 17h. Os manifestantes cobram a prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e se colocam contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.