Mais um instituto de pesquisa divulgou levantamento que evidencia a rejeição popular do governo de Michel Temer. De acordo com o Instituto Ipsos, 95% dos brasileiros afirmam que o país está no rumo errado.
Michel Temer deu um golpe contra o mandato da presidenta eleita Dilma Rousseff e, agora, que está sob a pressão por conta da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República de corrupção passiva, o ilegítimo disse, nesta quinta-feira (29), em discurso no Palácio do Planalto, que o país passa por um momento que "exige responsabilidade de todos".
A denúncia de corrupção passiva contra Temer foi entregue na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (29) pelo diretor-geral do Supremo Tribunal Federal, Eduardo Silva Toledo. Toledo protocolou o documento na Secretaria-Geral da Mesa da Casa.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu nesta quarta-feira (28) enviar à Câmara dos Deputados a denúncia de corrupção passiva da Procuradoria -Geral da República contra Michel Temer.
Aumentando a crise interna, a líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina (MS), decidiu passar por cima da direção da legenda e não aceita trocar dois deputados da sigla que participam da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e estão dispostos a rejeitar a denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que acusa o presidente Michel Temer (PMDB) de corrupção passiva.
Uma das características que revelam que o governo perdeu sua força é quando o debate de bastidores se torna público, evidenciando que as divergências são maiores que as convergências. É nessa situação que se encontra o governo de Michel Temer.
A divisão no PSB provocada pelo racha dos que defendem a saída e os que querem a permanência de Michel Temer do poder, além da proximidade das eleições para a presidência da legenda em outubro, deverá ficar ainda mais profunda em função da articulação para tirar dois membros dos quatro membros do partido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, de maneira que todos os votos socialistas na comissão sejam pela aceitação da denúncia contra ele.
Desde que as delações dos irmãos Batista, da JBS, tornaram-se públicas, o presidente Michel Temer tenta usar uma suposta capacidade de fazer o que o "mercado" quer para manter aliados e se agarrar à cadeira presidencial. Pelo visto, não está mais dando certo. Em reportagem do El País, banqueiros e gestores do mercado financeiro avaliam que o peemedebista "encarece e dificulta" o ajuste fiscal. E já falam que a permanência de Temer no cargo "é negativa" para a economia.
Líderes do PCdoB, PT, Minoria e PDT, além de parlamentares da Rede e do PSol, criticaram o “ar de normalidade” que governistas querem impor na Câmara e repudiaram ataques de Michel Temer ao procurador-geral da República em pronunciamento pós-denúncia por corrupção passiva.
Por Christiane Peres
Frágil como um fiapo, o rosto e o corpo sujos de lama, quase ignorado na cena internacional — mas assim mesmo ainda de pé.
Por Luciano Siqueira*
Diante da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Michel Temer resolveu se explicar por meio de um pronunciamento feito nesta terça-feira (27). Tentando mostrar que ainda tem um governo, Temer elencou argumento jurídicos para apontar uma suposta força política. No auge do cinismo, Temer disse que está “recolocando o país nos trilhos”, e que por isso tem sido “vítima dessa infâmia”, e afirmou ainda que não sabe como “Deus o colocou na presidência', ignorando o golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff do poder.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, nesta terça-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer e disse que os brasileiros que fizeram coro ao impeachment de Dilma Rousseff se arrependem da saída da presidenta eleita.