Cerca de 3 mil pessoas de três movimentos de moradia ocuparam na madrugada desta segunda-feira (3) nove áreas da União, em São Paulo, para cobrar pressa do governo federal na liberação desses e outros imóveis públicos, desocupados, para programas populares. Os movimentos conseguiram agendar uma reunião para terça-feira (4) com representantes da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério do Planejamento. Cinco áreas já foram desocupadas.
Cerca de 500 pessoas se concentraram na última quarta-feira, dia 30 de agosto, no Centro da Capital para protestar contra a lentidão com que a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e a Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) tratam as demandas dos movimentos de moradia.
As pessoas que se enquadram nos critérios da política habitacional do Governo do Distrito Federal, dispostos na lei nº 3.877/2006, e que tenham interesse em participar dos programas habitacionais promovidos pelo governo têm até esta sexta-feira (31) para se inscreverem no Novo Cadastro da Habitação. Os já cadastrados poderão atualizar os seus dados.
“Para as forças conservadoras, a questão social deve ser tratada como um caso de polícia”. Com esse posicionamento, o jornalista José Reinaldo Carvalho refletiu, durante o programa “Ponto de Vista”, da Rádio Vermelho, sobre a ausência de uma política habitacional que respeite o cidadão, em especial o cidadão de São Paulo.
Foi remarcado para esta segunda-feira (3), às 10h, o julgamento de uma ação sobre o direito à moradia definitiva dos antigos moradores do Edifício São Vito, demolido em 2011. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) adiou a sessão, que deveria ter ocorrido na segunda (27), mais uma vez. Prédio foi demolido na gestão municipal de José Serra, que descartou reforma do mesmo.
“São Paulo sofre retrocesso e quem paga a conta são os mais pobres. Sempre foi assim”, relatou à reportagem do Portal Vermelho Carmem da Silva Ferreira, liderança do MST e que também compõe a Frente de Luta por Moradia (FLM), ao falar sobre a situação das 94 famílias que estão alojadas ao lado do prédio dos Correios, na Avenida São João, no centro de São Paulo.
Joanne Mota, do Portal Vermelho em São Paulo
Acontece desde o início da manhã desta terça-feira (28) a reintegração de posse de um prédio abandonado há cinco anos na avenida Ipiranga, 908, no centro da cidade de São Paulo. Segundo a Frente de Luta por Moradia (FLM), responsável pela ocupação, o imóvel foi ocupado durante 10 meses e, agora, 94 das 130 famílias que moravam no local não têm para onde ir. Dessas, 78 são crianças e jovens.
Após cerca de mil pessoas voltarem no início da tarde deste domingo para a área da QNR 1, em Ceilândia, batizada de “Novo Pinheirinho”, o governo prometeu se reunir com os manifestantes nesta semana.
A Câmara dos Vereadores de São Paulo pode aprovar nesta quarta-feira (22) medidas que, se implementadas, beneficiarão o mercado imobiliário, alertam movimentos de moradia e urbanistas. Trata-se de um substitutivo ao Projeto de Lei 509/2011 – que estabelece o Plano Municipal de Habitação – enviado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) e apoiado por sua base de legisladores.
A partir desta segunda-feira , a Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF contará com um núcleo de atendimento ao público mais amplo.
De hoje até 12 de agosto, associações, sindicatos e cooperativas habitacionais poderão cadastrar novos filiados no Novo Cadastro da Habitação.
O governo atendeu a uma reivindicação antiga dos moradores de condomínios com a sanção da lei que permite aos parcelamentos a construção de muros e de guaritas de segurança. A legislação estabelece critérios mínimos para a instalação do cercamento e determina o fim às ameaças de derrubadas dos muros.