Diversos protestos ocorreram em várias capitais nesta quarta-feira (1º), para dizer não à cultura do estupro, que faz uma nova vítima a cada 11 minutos no Brasil. Cerca de 16 estados realizaram atos com o tema “Por Todas Elas” em mais de 50 cidades. As manifestações também reivindicam a imediata saída do presidente interino, Michel Temer, da Presidência da República.
Um grupo de mulheres, liderados por parlamentares, fizeram uma ruidosa manifestação contra a cultura do estupro nas dependências do Senado e da Câmara. Com cartazes e palavras de ordem, as mulheres forçaram e conseguiram levar a manifestação para dentro do plenário da Câmara, apesar da resistência dos seguranças e da Polícia Legislativa.
O mundo é um ambiente inóspito para as mulheres. Não há sorriso, tampouco motivos reais para me sentir plenamente feliz neste momento. À mulher cabe “se colocar em seu devido lugar”, o que, para muitos, significa ausência, silêncio, submissão, comportamento “adequado”, aceitação da violência imposta cotidianamente, a culpa por simplesmente existir.
Por Lu Castro*
Sob o fruto da ideologia patriarcal, as mulheres padecem no Brasil. Seja em uma corrida de táxi na madrugada, por andar sozinha em uma rua deserta ou pelo tamanho do seu vestido, elas ainda são vítimas de uma cultura de objetificação, que atravessou séculos e ainda exerce os seus valores no país.
Por Laís Gouveia
O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres por razões de gênero, o chamado feminicídio, de acordo com a ONU Mulheres. Embora seja composto por um grupo de apenas 83 países – somente os que dispõem de estatísticas de violência contra a mulher – e não englobe, por exemplo, nações do Oriente Médio, o ranking dá a medida do tamanho do problema.
Alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo da UFC estão desenvolvendo campanha sobre o assédio sexual contra mulheres, visando chamar a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade para o tema. A iniciativa é do Programa de Educação Tutorial de Comunicação (PETCom) e inclui distribuição de cartazes nos campi da Universidade, bem como a veiculação das peças nas redes sociais.
"Você gosta mesmo de futebol? Mas acompanha, entende as regras? Até o impedimento?". Tenho certeza de que muitas mulheres, ao lerem, se lembrarão das inúmeras vezes em que se depararam com estas e outras perguntas análogas.
Por Penélope Toledo*
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) exibirá nesta quarta-feira (25/05), a partir das 19h, o filme "Vou contar para meus filhos", da cineasta Tuca Siqueira. A atividade faz parte da programação de mobilização do sindicato em defesa da democracia.
Nesses tempos atribulados, inesperadamente a questão de gênero ganha destaque na cena política brasileira. Os homens que usaram de todos os ardis para tirar do governo uma mulher, por problemas contábeis, resolveram organizar um governo só de homens. As brasileiras responderam ao ultraje com altivez.
Por Haroldo Lima*
A Fifa completará 112 anos no próximo dia 21 de maio. A entidade com protagonismo masculino durante maior parte de sua existência, elegeu no último dia 12, a primeira mulher para um de seus cargos mais importantes. A senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura, de 54 anos e com 21 anos de ONU, é a nova secretária geral da Fifa.
Por Lu Castro*
O dia 12 de maio de 2016 se insere, a partir de agora, como mais uma “página infeliz da nossa História”. Afastou-se a Presidenta da República, eleita pelo voto direto do povo brasileiro, antes do término do mandato. Foram golpeados, a um só tempo: a democracia, a Constituição, a soberania popular, a luta histórica das mulheres.
Por Nádia Campeão*
Por Janaína Zdebsky
A história do Brasil e de suas estruturas políticas emerge de preceitos patriarcais e opressores.