A luta em defesa da democracia está contagiando diversos setores da sociedade contra o golpe de Estado que se encontra em curso. Diversos coletivos universitários, culturais, esportivos, políticos e a sociedade civil organizada estão mobilizados, durante as próximas semanas, em atividades para dizer não ao impeachment de Dilma Rousseff e denunciar a agenda conservadora imposta por setores da direita, que impede avanços sociais no país.
Por Laís Gouveia
Em sua coluna publicada nesta segunda-feira (28), na Folha de S. Paulo, o ator Gregorio Duvivier questiona: “Afinal, das centenas de nomes da lista da Odebrecht, nenhum deles é o da presidenta. Por que raios querem derrubar a única pessoa que, até o momento presente, não está sendo investigada?”.
O atual presidente da OAB, Claudio Lamachia, foi entrevistado pelos maiores jornais do país defendendo o impeachment da Dilma. Quando perguntado sobre os crimes de Dilma, ele cita "um conjunto de circunstâncias", entre os quais são citados: interferência no judiciário, nomeação de Lula para o governo, pedaladas fiscais, renúncia fiscal concedida à FIFA. Ou seja, é tudo e nada.
Por Ivan Valente*, nas redes sociais
Documento criado por mais de 280 coletivos declara não ao golpe e apresenta reivindicações do povo da periferia para uma política mais inclusiva e mais à esquerda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) manifestaram, na última semana, preocupação com o agravamento da crise político-institucional que ameaça a democracia brasileira.
Um manifesto online, assinado por 51 acadêmicos especializados em estudos sobre o Brasil em universidades estrangeiras, diz que a democracia brasileira encontra-se “seriamente ameaçada” pelo atual clima político. O documento, que convoca intelectuais estrangeiros a aderirem ao texto, já recebeu mais de mil subscrições nesta segunda-feira (28), desde que foi lançado, há quatro dias.
Em depoimento, a secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Mônica Veloso, membro-executivo da Força Sindical, convoca todos para o dia 31 e diz o que fazer para barrar o golpe agora.
O coordenador da Regional Campinas do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro Unificado), Gustavo Marsaioli, convoca todos para o dia 31 e diz o que fazer para barrar o golpe agora.
Em depoimento Carmen Foro, vice-presidenta nacional da CUT convoca todos para o dia 31 e diz o que fazer para barrar o golpe agora.
Integrantes da Frente Povo sem Medo e trabalhadores sem teto fizeram nesta quinta-feira (24) um protesto dentro do Shopping Rio Sul, em Botafogo, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O ato faz parte da mobilização nacional da frente e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Várias atividades estão ocorrendo em várias regiões do país.
Cerca de 300 professores, estudantes, juristas e promotores reuniram-se, na tarde desta quarta-feira (23), na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em um debate sobre a conjuntura política do país e as ações do Judiciário. Docentes criticaram o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e lançaram um manifesto em defesa da democracia.
Uma manifestação em defesa da democracia convocada por estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie ocupou na noite de ontem (23) a Rua Maria Antônia, na Vila Buarque, região central da capital paulista. O local é significativo por ter sido palco de uma batalha entre opositores e defensores da ditadura há 48 anos, quando foi morto o estudante secundarista José Carlos Guimarães.