O país inteiro está unido contra a tentativa de golpe que ameaça a nação. A paulista Luíza Helena participou da manifestação na última sexta-feira (18) na Avenida Paulista e conta que está preocupada com o contexto político. “Eu fui presa, meu filho, meu primo, minha mãe também foram presos, todos sofreram com a ditadura, até hoje eu não posso ouvir um grito de dor que eu perco completamente a razão. Eu não quero viver mais isso, por isso resistiremos na luta pela democracia!”, desabafa.
O movimento em defesa da legalidade está ganhando cada vez mais adeptos em todo o país e os estudantes seguem no mesmo caminho. Nas universidades, vários comitês estão sendo formados e atividades realizadas em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Em reunião bastante representativa realizada na noite da última terça-feira (22/03), na CUT-CE, em Fortaleza, a Frente Brasil Popular no Ceará (FBP-CE) definiu uma agenda de atividades para os próximos dias que deverá contar com a participação de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos estudantil e sindical, sociedade civil e representantes das mais diversas organizações populares para reforçar a luta em defesa da democracia.
Em reunião realizada na noite da última terça-feira (22/03), em Fortaleza, a categoria aprovou a criação do Movimento e lançou um manifesto, que está aberto a assinatura de médicos de todo o Brasil. Leia a seguir a íntegra do documento:
Os estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), se reuniram na manhã desta terça-feira (22) para denunciar e cobrar uma postura da reitora, Ana Cintra, perante ao abuso de força da Polícia Militar, que reprimiu duramente os estudantes que se manifestavam contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a favor da democracia.
Centenas de pessoas se reuniram, na noite desta segunda-feira, nas escadarias da Faculdade de Direito do Recife, durante um ato em defesa do estado democrático de direito. Em frente ao edifício da faculdade, no bairro da Boa Vista, no Centro da capital pernambucana, representantes da comunidade acadêmica protestaram contra "os ataques à democracia brasileira" e discutiram a crise institucional enfrentada pelo país e as suas consequências jurídicas.
A professora Silvia Borelli, do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (PUC-SP), narrou os momentos de pânico vividos por centenas de estudantes na noite desta segunda-feira (21), quando foram tratados com truculência pela polícia, por se posicionarem, de forma democrática, contrários a outro ato que ocorria a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Advogados, juristas, promotores, defensores públicos e professores universitários, representes de mais de 8 mil advogados de todo o país, serão recebidos pela presidenta Dilma Rousseff em uma reunião no Palácio do Planalto nesta terça-feira (22).
Um grupo de professores da Universidade de São Paulo (USP), lançaram uma nota nesta sexta-feira (18), analisando o momento político no país. Segundo os docentes, é necessário criticar a política do governo, mas, tal situação não abre precedentes para o contexto atual de arbitrariedades jurídicas e ao estado de exceção.
A Frente Povo Sem Medo, composta por entidades do movimento social e que tem como princípio a luta por mais direitos e democracia, está convocado a população a sair às ruas na próxima quinta-feira (24), em São Paulo, para reivindicar o Estado Democrático de Direito, se posicionando, dessa forma, contra o impeachment de Dilma Rousseff, eleita com mais de 54 milhões de votos nas últimas eleições e denunciando as manobras jurídicas e midiáticas para promover um golpe em curso no país.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) emitiu uma nota nesta sexta-feira (18) situando o posicionamento da entidade em relação à conjuntura política. Segundo o conselho, se faz nacessária a luta em defesa do estado democratico e as investigações deveriam ser conduzidas de forma ética e transparente. A nota também denuncia o papel que a grande mídia joga em distorcer e manipular informações.
"O meu partido é a Constituição e, por força dela, o Estado Democrático de Direito”, afirmou o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, por meio das redes sociais, para manifestar seu rechaço às manobras golpistas.