A mobilização contra o sucateamento da educação promovido pelo governo ilegítimo Temer, que encontra sua maior representação na PEC 241 e na Reforma do Ensino médio, vem gerando uma onda nacional de resistência em defesa da escola pública. Segundo informações da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), já são 875 escolas ocupadas em todo o país.
A ofensiva contra a retirada de direitos não para de crescer. Nesta terça-feira (18), dezoito universidades já somam forças às 769 escolas e Institutos Federais ocupados em todo país na luta contra a PEC 241 – proposta do governo golpista que promete congelar os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos.
Contra os cortes nos programas sociais de habitação promovidos pelo governo Temer, cerca de 15 mil manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) ocuparam, na tarde desta segunda-feira (17), o escritório da Presidência da República, localizado no centro da capital paulista.
O presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão, fez um primeiro balaço sobre a greve iniciada nesta segunda-feira (17) na educação básica do Paraná. Cerca de 50% das escolas estão paralisadas na manhã de hoje, mas, conforme a entidade, a tendência é que o movimento se amplie no decorrer da semana.
Contra a PEC 241, que congelará investimentos em educação nos próximos 20 anos, a Reforma do Ensino Médio, que intensificará a precarização da educação pública e o conservadorismo da Lei da Mordaça, estudantes já ocupam 292 colégios, em várias regiões do país. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), acompanha ativamente o processo e divulgou uma lista nesta quinta-feira (13), com o nome das escolas tomadas pelos estudantes.
A Justiça negou nesta segunda-feira (10) a reintegração de posse de escolas de 120 escolas ocupadas pelos estudantes na rede pública de ensino do Paraná. O Poder Judiciário considerou o movimento pacífico e legítimo.
Após sete horas de ocupação do gabinete da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista, jovens liderados pela União Nacional dos Estudantes, saíram na noite desta segunda-feira (10) do prédio entoando palavras de ordem e prometeram mais ocupações e resistência ao avanço do governo Michel Temer aos direitos da população.
Em defesa do ensino público, secundaristas já ocupam 103 escolas em todo o país. Somente no Paraná, 90 colégios encontram-se sob posse dos estudantes. Há também escolas ocupadas em São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e no Distrito Federal.
As mulheres que se organizam no Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) gravaram um vídeo dizendo que nao se calarão em relação as declarações do recém-eleito prefeito de São Paulo, João Dória. O tucano disse recentemente, que em sua gestão na prefeitura ele será rigoroso com movimentos de moradia.
O pacote do governo Temer para sucatear a educação vem provocando uma onda de revolta entre os estudantes. Para dizer não a Reforma do Ensino Médio, O Projeto Escola sem Partido e a PEC 241, que pretendem intensificar o sucateamento, a falta de democracia e a precarização do ensino público, 46 escolas e Institutos Federais, em todo Brasil, já estão ocupadas pelos secundaristas.
Por Laís Gouveia
Com paralisações, ocupação nas escolas, ato nas ruas, debates e aulas públicas, em todo Brasil, estudantes encabeçam nesta quarta-feira (5), o Dia Nacional de Mobilização contra o desmonte da educação. Em resposta à Medida Provisória, que pretende mudar o Ensino Médio de forma autoritária, os secundaristas organizam um calendário de manifestações comandado pelos grêmios estudantis, pela Ubes e as centrais sindicais.
Valendo-se de uma interpretação do artigo 1210, parágrafo 1º do Código Civil, que trata do uso de força própria para manutenção ou restituição em casos de interferência da posse, o Governo do Estado de São Paulo tem utilizado de forma deliberada a Polícia Militar para reintegrar a posse de imóveis ocupados sem decisão judicial.