O movimento "Occupy Wall Street", que denuncia há quatro semanas a crise econômica e o poder das finanças, apresenta questões que merecem uma reflexão", afirmou nesta segunda-feira (17/10) em Pequim o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Liu Weimin.
Para as milhares de pessoas que protestaram ao redor do mundo no fim de semana (15 e 16), o alvo era claro: os bancos. "É ridículo o governo se dispor a gastar mais de um trilhão de libras para socorrer os bancos enquanto corta nossas aposentadorias e benefícios", afirmou Tai Wardallg, organizador do protesto em Londres.
Uma das repressões policiais mais graves das últimas décadas em Roma, que aconteceu no sábado (15) durante a manifestação de indignados, provocou ferimentos em 135 pessoas, entre manifestantes e policiais.
Manifestantes ao redor mundo saíram às ruas para protestar contra a "ganância corporativa" e políticas neoliberalistas. No Brasil, o movimento tomou o nome de Democracia Real Brasil e diversos protestos foram organizados em algumas capitais do país. A mobilização ocorreu, principalmente, pelo Facebook. Houve manifestações pelo menos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.
O acampamento de jovens manifestantes desencantados no distrito financeiro nova-iorquino destaca a crescente indignação que brota nos Estados Unidos em torno da desigualdade e da persistente crise trabalhista, dando lugar a comparações com fatos históricos semelhantes.
Milhares de manifestantes em diversos países estão tomando as ruas, neste sábado, para protestar contra o sistema financeiro e sua "ganância corporativa", além dos cortes orçamentários executados pelos governos (como medida para conter a crise econômica mundial). Os indignados, como ficaram conhecidos, desde maio, vão realizar atos em 951 cidades de 82 países, em todos os continentes, inspiradas no movimento Ocupe Wall Street, iniciado em Nova York (EUA).
Nascido em Nova York, o movimento "Occupy Wall Street" recebeu apoio em Miami, que neste sábado (15) demonstrará seu apoio aos manifestantes que há quase um mês ocupam as ruas de Manhattan.
O movimento de protesto nos EUA teve um dia diferente em Nova York: piquetes de centenas de pessoas se manifestaram às portas de cinco dos maiores milionários de Manhattan, começando pela casa de Rupert Murdoch.
Por Mauro Santayana, em seu blog
Dois marines das Forças Armadas dos Estados Unidos foram entrevistados por blogueiros que participam do movimento Ocupe Wall Street, denunciando a manipulação da mídia, que mostra os manifestantes como "agitadores" e "antiamericanos".
Já estive duas vezes, até agora, em Occupy Wall Street, e adoro aquilo lá. Os protestos que começaram na Praça Liberty e já se espalharam por toda a parte baixa de Manhattan são importantíssimos, resposta lógica ao Tea Party e dedo bem dado à cara da elite financeira.
Por Matt Taibbi, na Rolling Stones
O Movimento Ocupar Wall Street é mais popular que o Tea Party, segundo uma pesquisa publicada quinta-feira (13).
Em 7 de outubro um grupo pertencente à comunidade haitiana marchou a do Brooklin cruzando a ponte para se unir ao Acampamento Ocupar Wall Street na Praça da Liberdade, no centro do distrito financeiro de Manhattan. Em 5 de outubro estudantes da Universidade de Columbia planejaram abandonar as aulas e unir-se a uma grande marcha sindical no mesmo lugar. Um grupo de negros faz agora parte do acampamento e reúne-se com regularidade.