O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (2) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Se a maioria dos ministros decidir pelo recebimento da denúncia, Cunha passará da condição de investigado para réu na ação.
Em sua coluna publicada na Folha desta quinta-feira (25), Jânio de Freitas questiona a falta de sustentação do juiz Sérgio Moro na 23ª fase da Operação Lava Jato que decretou prisão do publicitário João Santana e sua esposa Mônica Moura. Para o analista, o mais importante não é o fato em si, mas o efeito que se criou.
Doutor Sérgio Moro. É assim que muitos incautos pelas ruas se referem ao juiz que comanda a ação persecutória que recebeu o nome de “Operação Lava Jato”.
Por Osvaldo Bertolino*, em seu blog
Prender João Santana sem culpa formada, sem flagrante, sem que tenha interferido em investigações, sem que sua liberdade implique em perturbação da ordem, cheira a mais uma transgressão grosseira da Constituição de 1988, sob os olhares complacentes dos ministros do STF, seus guardiões oficiais contra a qual ao menos nós, os jornalistas, devemo-nos levantar.
Por Alex Solnik*, no Brasil 247
Tem um buraco mal explicado na operação Lava Jato. Trata-se de Carlos Alexandre de Souza Rocha, apelidado de Ceará, amigo do doleiro Alberto Youssef há 20 anos. Foi preso em Balneário Camboriú (SC) na primeira fase da Operação Lava Jato, em 17 de março de 2014, acusado de ser doleiro pelas conversas telefônicas grampeadas legalmente.
Por Helena Sthephanowitz, na RBA
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) refutou, com veemência, a informação de que ameaça entregar colegas caso seja cassado. “Não há delação premiada alguma. Minha defesa é boa. Será feita nos tribunais superiores”, disse ele à colunista da Folha de S.Paulo, Natuza Nery nesta terça-feira (23).
O coordenador jurídico da campanha eleitoral da presidenta Dilma Rousseff, Flávio Caetano, afirmou nesta segunda-feira (22) que os pagamentos feitos ao publicitário João Santana referentes às campanhas de 2010 e 2014 ocorreram de forma “legal” e “transparente”.
A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PT pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro ao deferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura na 23ª etapa da Operação Lava Jato ocorrida nesta segunda-feira (22).
A prisão espetaculosa e em flagrante do senador Delcídio Amaral (PT-MS) faz parte de um enredo que vai muito além do fato em si. Os motivos da acusação parecem incontestáveis, mas a dimensão que o caso ganhou não corresponde a eles.
Por Osvaldo Bertolino, em seu blog
Em documento protocolado nesta quinta-feira (18), a defesa da presidenta Dilma Rousseff tenta extinguir a ação do PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação da chapa vencedora na última eleição. Na peça de mais de 40 páginas, a defesa de Dilma sustenta que ela não recebeu dinheiro da Operação Lava Jato. A defesa do vice-presidente, Michel Temer, protocolou, no início da semana, documento seguindo a mesma linha do Palácio do Planalto.
O juiz Sérgio Moro já não esconde mais suas pretensões “políticas” e acusa formalmente o uso de propina em troca de contratos da Petrobras na campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse nesta segunda (15) que o seu partido irá se manifestar contra o que chamou de "uma série de atentados ao estado democrático de direito" ocorridos no bojo da Operação Lava Jato. Falcão também saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lua da Silva, classificando como “ilações sem fundamento” as denúncias sobre os vínculos do correligionário com um sítio no interior paulista.