O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, falou da importância e necessidade do processo de investigação no âmbito da Operação Lava Jato, mas criticou a forma como vêm sendo utilizados os depoimentos de delação premiada. Ele foi entrevistado pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, no programa Preto no Branco, que foi ao ar neste domingo (14), no Canal Brasil.
O jornalista e colunista da Folha de S. Paulo, Jânio de Freitas, comentou em sua coluna deste domingo (14), intitulada “Em defesa do rigor”, o comportamento do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da República na condução da Operação Lava Jato.
Em artigo publicado neste domingo (14), o escritor Eric Nepomuceno aponta uma inversão da lógica policial nas investigações em curso no Brasil; antes, do crime partia-se para a busca do culpado; hoje, acontece o inverso.
Por Eric Nepomuceno*
O juiz federal Sergio Moro abriu mais um precedente que ameaça o Estado Democrático de Direito. A Constituição estabelece, em seu artigo 5º, inciso LVI, que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”, inclui-se também as denominadas provas ilegítimas. Mas na linha de que os seus fins justificam os meios, Moro decidiu utilizar documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça, considerados pela própria Justiça do país como provas obtidas de forma irregular.
O juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato a partir de Curitiba, deu mais uma demonstração de que o processo não passa de uma espetacularização midiática. Depois de duas semanas de achincalhe e ilações da grande imprensa, Moro assinou um despacho em que autorizou a Polícia Federal (PF) a instaurar um inquérito para apurar se empresas investigadas na Operação Lava Jato pagaram por obras em um sítio frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Atibaia.
Por Dayane Santos
Em entrevista ao Brasil 247, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que o combate à corrupção que se instalou no país a partir da Operação Lava Jato está sendo utilizado pela oposição e por setores ligados ao poder econômico para retirar conquistas de desenvolvimento que o Brasil obteve nas últimas décadas.
De tudo o que foi investigado e revelado em relação ao tríplex do Guarujá e ao sítio de Atibaia não há nenhuma evidência de que Lula tenha cometido algum crime. Nos dois casos, o que se evidencia é uma clara espetacularização e perseguição por parte do Ministério Público, da Polícia Federal e por setores da mídia.
Por Aldo Fornazieri*, no Jornal GGN
Se havia alguma dúvida sobre o caráter político da Lava Jato, a Operação Triple X desfaz qualquer dúvida, especialmente após as explicações dadas pelo Instituto Lula. É possível que, com os últimos exageros, a Lava Jato esteja virando o fio.
Por Luis Nassif, no GGN
Muitos já escreveram sobre o depoimento de Dirceu a Moro. Vai aqui uma outra leitura que demonstra que os papeis parecem ter se invertido naquela ocasião.
Por Fernando Castilho, no blog Análise e Opinião
Em dezembro último, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que a empresa doou R$ 1,6 milhão para o deputado Paulinho da Força (SD-SP) e para o Partido Solidariedade (SD), entre 2010 e 2015, com o objetivo de esvaziar movimentos sindicais e, inclusive, impedir greves. Agora, seu tesoureiro, Luciano Araújo de Oliveira, afirmou em depoimento que a construtora UTC fazia pagamentos não contabilizados a cada 45 dias, com valores entre R$ 20 mil e R$ 40 mil.
O depoimento de Fernando Moura, delator da Lava Jato, não está saindo do jeito que a oposição gostaria. apontando pela grande mídia como "amigo" de José Dirceu, Moura se contradiz no depoimento, mas tem sido enfático quanto ao suposto envolvimento do candidato derrotado nas urnas e presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG).
Depois de desdizer o que disse e afirmar que recebeu ameaça velada, deixando o seu acordo de delação premiada sob risco, o lobista Fernando Moura concedeu novo depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (3) e disse que Furnas era uma estatal controlada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), e que o esquema de propina se assemelhava ao instalado na Petrobras: "É um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio", afirmou.