Há cerca de dez dias, participei de discussão especialmente interessante sobre Israel e seu relacionamento com a política dos EUA para o Oriente Médio, considerados os atuais acontecimentos no Egito e em outros países do mundo árabe. Meu interlocutor foi um dos mais brilhantes comentaristas de política norte-americana da mídia alternativa, mas disse que, para ele, Israel não teria qualquer importância considerável no que os EUA fazem na região.
Por Kathleen Christison*, em Carta Maior
A crise no Egito será analisada de perto por um grupo de deputados do Parlamento Europeu, que deve viajar para a região nos próximos dias. Os europeus defenderam nesta quinta-feira (17) o congelamento dos bens do ex-presidente Hosni Mubarak e de todas as autoridades ligadas ao governo dele. Mas exigiram que a junta militar, que assumiu o poder no país, promova a transição democrática com eleições livres para presidente da República.
Pelo quarto dia consecutivo, o Iêmen enfrenta nesta segunda-feira (14) mais um dia de protestos em defesa de reformas políticas e em favor da renúncia do presidente do país, Ali Abdulá Salé. Nos confrontos desta segunda, os ativistas — a favor e contra o governo — jogaram pedras uns contra os outros. Os manifestantes se reuniram em frente ao quartel general da divisão de inteligência da polícia.
Há um medo crescente alimentado, em grande parte, pelas elites conservadoras do Ocidente e do Oriente de que futuros acontecimentos no Egito poderão trilhar os mesmos caminhos da revolução que aconteceu no Irã em 1979 tais como: elegeu Israel como o grande inimigo, se envolveu em ações antiamericanas no mundo inteiro, privou as mulheres e as minorias dos seus direitos (como se tivessem direitos sob a ditadura de Mubarak).
Por Reginaldo Nasser*, na Carta Maior
Em coletiva com blogueiros de Brasília, o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, analisou, durante 3 horas, o novo contexto político no Oriente Médio por ocasião do 32° aniversário da Revolução Iraniana e descartou a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA para conter os processos de transformações políticas hoje em marcha na região.
Por Beto Almeida*, em Carta Maior
O curta israelense Strangers (2003), de Erez Tadmor e Guy Nattiv, é tensão do início ao fim. Tudo começa quando um judeu entra no vagão do metrô e percebe a presença de um árabe, provavelmente muçulmano — a julgar pelas fotos dos protestos que estampam o jornal que ele lê. Para marcar a sua diferença com o árabe, o judeu exibe a estrela de Davi. Mas os dois terão que ultrapassar seus preconceitos quando skinheads chegam no vagão.
Afastado há alguns meses por outros compromissos das colunas semanais do Portal Vermelho, retorno agora ao objeto de meus estudos e pesquisa há quase trinta anos – o Oriente Médio árabe – a convite, desta vez, do portal da Fundação Maurício Grabois, na condição de colaborador. E retorno em um momento especial: a terra treme em todo o Oriente Médio em termos políticos.
Por Lejeune Mirhan*
Túnis, dezembro de 2010. Quando o tunisiano Mohammed Bouazizi, em desespero depois que a polícia apreendeu as frutas e legumes que ele vendia na rua para sobreviver ateou fogo ao próprio corpo, nem ele nem ninguém poderia prever o efeito catalisador que teria a morte do jovem mártir. As chamas que o queimaram incendiaram milhões de corações e mentes na Tunísia, no Egito, na Jordânia, no Iêmen e em vários outros países árabes do Norte da África e do Oriente Médio.
Por Ricardo Alemão Abreu*
Diante das recentes manifestações populares em países árabes contra a a tirania de governos ditatoriais pró-Estados Unidos, a direção do Partido Comunista de Israel emitiu comunicado em que ressalta: "Depois de décadas em que os direitos dos trabalhadores e dos desempregados eram pisoteados, e os críticos e opositores eram silenciados, as nações árabes estão aprendendo a se dar conta de seu poder para impactar e mudar a realidade na direção do progresso". Acompanhe a íntegra.
A sorte de Mubarak está lançada e nem o apoio dos Estados Unidos poderá salvar seu governo. O Egito tem um povo inteligente, de gloriosa história, que deixou sua marca na civilização humana. “Do o alto das pirâmides, 40 séculos os contemplam”, contam que exclamou Bonaparte em um momento de exaltação quando a revolução dos enciclopedistas o levou a esse extraordinário cruzamento de civilizações.
Por Fidel Castro
Por iniciativa do Partido Comunista Português, diversos partidos comunistas de todo o mundo emitiram nesta segunda-feira (1º), uma posição comum intitulada “20 anos após a Guerra do Golfo, a importância da luta pela paz e contra a exploração e opressão imperialistas”.
Os protestos que se espalharam pelo mundo árabe nos últimos dias promoveram mudanças políticas em mais um país da região. O rei Abdullah, da Jordânia, destituiu seu primeiro-ministro, Samir Rifai, para tentar acalmar os ânimos da população, que foi às ruas para protestar contra o governo. O efeito dominó que levou o povo às ruas em busca de reformas democráticas começou na Tunísia e agora se espalha para outras nações.