A campanha popular palestina Melh al-Ard (“Sal da Terra”) trabalha para ressucitar a vila Ein Hijleh, no Vale do Jordão, atualmente em foco devido aos planos de grupos políticos israelenses de anexar o território palestino. Nesta segunda-feira (3), quando a ação entra em seu quarto dia, dois jornalistas catalães que vivem na Palestina enviaram ao Vermelho a entrevista que fizeram com Mahmmoud Zhaware, da direção do Comitê de Coordenação de Luta Popular (CCLP).
Naftali Bennett, ministro da Economia em Israel, recebeu uma advertência do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em que era demandado para pedir desculpas pelas declarações agressivas contra o premiê, devido às negociações com a Autoridade Palestina. Já nesta sexta-feira (31), a tensão entre os dois esfriou quando Bennett, um ativista raivoso pela ocupação, soube que os EUA e Netanyhau negociam a permanência da maior parte dos colonos israelenses em territórios palestinos.
O enviado do Departamento de Estado dos EUA para as negociações entre Israel e a Autoridade Palestina (AP), Martin Indyk, disse nesta quinta-feira (30) que o plano proposto para um acordo permitiria que 70 a 80% dos cerca de 400 mil colonos israelenses permanecessem na Cisjordânia, como cidadãos de Israel. O “Quarteto para o Oriente Médio” (EUA, Nações Unidas, União Europeia e Rússia) deve se reunir para discutir como avançar um acordo final neste sábado (1º/2), na Alemanha.
A atriz norte-americana Scarlett Johansson assinou um contrato publicitário com uma fábrica de refrigerantes, cujo maior local de produção fica em uma grande colônia israelense na Cisjordânia palestina. Várias mídias independentes pediram à atriz que reconsiderasse o acordo, apelando até à organização de defesa dos direitos humanos da qual ela era embaixadora, Oxfam. Nesta quinta (30), entretanto, Scarlett encerrou seu trabalho com a ONG e anunciou a manutenção do contrato.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e um integrante da sua coalizão de governo, o ministro da Economia, Naftali Bennett, voltaram a se engalfinhar, o que tem levantado questões sobre uma crise política que derrubaria o governo na reta final das negociações com a Autoridade Palestina (AP). Entretanto, nenhuma das duas – a derrubada do governo e a reta final – são positivas para o fim da ocupação e para a libertação do Estado da Palestina.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
A organização israelense de soldados “Quebrando o Silêncio” divulgou mais um testemunho, nesta quarta-feira (29), desta vez de uma soldada que serviu em Hebron, na Cisjordânia. A região é uma das mais afetadas pela ocupação militar de Israel, tanto pela presença extensa de colonos quanto por sua inclusão na chamada Área C do território palestino, que pressupõe o controle total israelense.
Um palestino submeteu uma petição à Suprema Corte de Justiça de Israel para obrigar o ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, a revelar os acordos que fez em uma reunião a portas fechadas para uma construção ilegal próxima à sua vila, Amatin, na Cisjordânia.
Nesta quarta-feira (29), jornais palestinos voltaram denunciar declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Na terça (28), ele disse que seu governo “não é obrigado” a aceitar as propostas feitas pelo secretário de Estado dos EUA John Kerry para um acordo. No mesmo dia, o Ministério palestino das Relações Exteriores havia instado a sociedade internacional a exercer pressão para que Israel cumpra o direito internacional e cesse a ocupação.
O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo divulgou, neste domingo (26), os detalhes da proposta do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para as negociações com Israel. Rabbo vem denunciando o favorecimento ao governo israelense como obstáculo primordial ao processo, e o Hamas, partido islâmico que governa a Faixa de Gaza, disse que “não há potência no mundo” que imponha solução que prejudique os direitos dos palestinos a seus locais sagrados.
Reconhecer Israel como “Estado judeu” é uma das exigências do governo racista de Benjamin Netanhyau aos palestinos, mas é questionada inclusive por críticos israelenses. “Israel precisa de fronteiras, e não de terapia” e “Ben-Gurion [primeiro premiê e um dos pais do sionismo político] não reconhecia Israel como Estado-nação de todo o povo judeu” são algumas ponderações em artigos recentes. Já os palestinos denunciam uma demanda racista e calculista.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
O representante da Síria para a Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça, Faissal Al-Hamwi disse que o governo sírio está tentando dar proteção ao comboio da ONU para a entrega de assistência humanitária ao campo de refugiados palestinos de Yarmouk, próximo à capital, Damasco. Os confrontos com grupos armados atingem a região, e os palestinos têm pedido ajuda contra o bloqueio que impede a entrada de suprimentos no campo, o que causou a morte de cerca de 50 pessoas devido à fome.
O chefe da equipe palestina nas negociações com Israel, Saeb Erekat, voltou a afirmar a responsabilidade israelense na falência da diplomacia, nesta quinta-feira (23). Um dos obstáculos principais, a exigência de reconhecimento de Israel como Estado judeu, foi questionado no dia anterior pelo embaixador da União Europeia no país, Lars Faaborg Andersen. “Não acho que temos uma posição clara sobre isso porque não estamos certos do que significa este conceito”, disse, em uma coletiva de imprensa.