Escândalo de lavagem de dinheiro ainda tem impacto no mundo. Em 2016, abalou governos e expôs altos escalões. Confira as implicações no Brasil.
Documentos inéditos, obtidos por Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, comprovam o investimento. Reportagem dos jornalistas Allan de Abreu e Ana Clara Costa revela ainda que o presidente do Banco Central fez o mesmo.
O neoliberal presidente argentino, Mauricio Macri, passou por Brasília na terça-feira (7) e deve ter partido feliz. Roubou a cena quando ao lado de Michel Temer, aplicou uma gozação futebolística no chanceler José Serra e não foi incomodado pelas conexões brasileiras dos Panama Papers, alvo de um processo contra ele em Buenos Aires por lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Por André Barrocal
Há quase um ano, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) busca junto ao Ministério Público Federal (MPF) que seja aberta uma investigação para apurar as conexões entre a Rede Globo, a Fifa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.
O ministro espanhol de Indústria, Energia e Turismo em funções, José Manuel Soria, apresentou hoje sua renúncia depois de ser relacionado a empresas em paraísos fiscais nos chamados Panama Papers.
Agências de inteligência de diferentes países usavam os serviços da Mossack Fonseca, empresa jurídica panamenha, durante anos para esconder a sua atividade, informou a mídia alemã.
O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mark Toner, ao admitir que Washington financiou jornalistas que hackearam computadores de um escritório de advogados e montaram o show chamado de Panama Papers, criou um alvoroço internacional.
Por Luis Manuel Arce Isaac, na Prensa Latina
Mais da metade dos britânicos passaram a confiar menos no primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, após ele ter reconhecido que possuía ações em empresa offshore até assumir o cargo de chefe de governo.