Nesta segunda-feira (22) deveria ter início o julgamento oral dos 13 camponeses paraguaios acusados por suposto envolvimento no massacre de Curuguaty, que culminou no golpe parlamentar contra o ex-presidente Fernando Lugo, há três anos. A data, no entanto, foi adiada por um mês, sendo prevista para 22 de julho. Desde o ocorrido, os trabalhadores rurais encontram-se detidos.
Há três anos o Paraguai levava um golpe. Não se tratava do golpe de Estado contra o presidente Lugo, ainda. Antes deste, o povo paraguaio foi golpeado pelo latifúndio. No dia 15 de junho de 2012 as famílias que viviam no assentamento Marina Kue, em Curuguaty, foram surpreendidas por um aparato policial digno de produção hollywoodiana, cuja missão era desocupar a área. Não pouparam de violência e o saldo desta ação foi a morte de 11 camponeses e seis policiais. Todos pobres.
Por Mariana Serafini
Um verdadeiro alarme social enfrenta hoje o Paraguai com a denúncia em apenas duas semanas de uma série de abusos sexuais com meninas entre 2 e 10 anos de idade e a surpreendente notícia da gravidez de algumas delas.
Eduardo Ojeda, líder da central operária Corrente Sindical Classista, afirmou neste sábado (2) que é necessário lutar para construir uma nova sociedade no país, com uma posição política anti-imperialista.
Comunidades indígenas paraguaias mobilizam-se contra o perigo que hoje representam projetos de empresas estrangeiras, entre eles os de exploração petroleira em seus territórios ancestrais.
Imaginemos um país com um sistema político frágil, marcado por uma longa ditadura e um governo progressista razoavelmente novo onde o Executivo ainda é cercado por um parlamento reacionário. Neste país a elite defende seus interesses e trabalha para manter a dominação imperialista, enquanto isso, o povo – que escolheu o caminho da justiça e da igualdade e social por meio de eleições democráticas – tenta, a duras penas, garantir a legitimidade de seu voto.
Por Mariana Serafini
Depois da grande marcha de protesto realizada, nesta quinta-feira (26), a Federação Nacional Camponesa (FNC) advertiu, nesta sexta-feira (27), que retomará a ocupação de terras improdutivas para dar oportunidade de moradia e trabalho às famílias rurais desamparadas.
Milhares de camponeses paraguaios começaram, nesta quarta-feira (25), uma marcha condenando o governo pela pobreza e abandono da população.
As principais centrais operárias paraguaias convocaram, nesta terça-feira (24), um congresso unitário na próxima quinta-feira para analisar o chamado a uma nova greve geral após fracassar totalmente em suas negociações com o governo.
Desde o golpe parlamentar que depôs o presidente Fernando Lugo, em 2012, os movimentos sociais vem se organizando com mais força no Paraguai. A repressão, porém, aumentou na mesma medida. Perseguir e criminalizar os movimentos sociais é uma estratégia para enfraquecer a luta pela terra e fomentar o agronegócio explorador e o narcotráfico.
Por Mariana Serafini, do Vermelho
Mais de 1.300 delegados de várias regiões do Paraguai formaram o Congresso Democrático do Povo (CDP) como uma ferramenta unitária de oposição ao governo.
O atual conflito gerado pelos protestos de trabalhadores paraguaios da fronteira se agravou nesta sexta-feira (20) com o fechamento total da Ponte da Amizade por caminhoneiros locais e piquetes de comerciantes argentinos.