Uma mensagem da Federação Sindical Mundial (FSM) divulgada nesta terça-feira (25) , destacou a solidariedade dessa organização internacional com a greve geral convocada em rejeição à política econômica e social do governo paraguaio.
Integrantes do coletivo de comunicadores La Cigarra, no Paraguai, denunciaram que uma pessoa desconhecida entrou em uma reunião convocada para coordenar a cobertura da greve geral de 26 de março. Uma das integrantes do grupo reconheceu o intruso como um militar que realiza a segurança do Palácio do Governo.
A coordenadoria Paraguai Para, Uruguai Acompanha, foi criada no Uruguai por membros da sociedade civil organizada e movimentos sociais para declarar apoio e solidariedade ao povo paraguaio. O coletivo produziu um vídeo de apoio à greve geral que começa nesta quarta-feira (26), no Paraguai, além de uma carta de rechaço ao presidente Horácio Cartes. Haverá também uma manifestação na embaixada do Paraguai em Montevidéu.
Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho
Há um dia da greve geral, provavelmente a maior dos últimos 18 anos, o Paraguai vive forte tensão. Convocada em rechaço à política econômica e social do governo entreguista do presidente Horácio Cartes, que junto com o empresariado do país busca minimizar os impactos do protesto, os paraguaios saem às ruas nesta quarta-feira (26) para exigir justiça, liberdade, melhores condições de trabalho e terra para os camponeses.
A CTB emitiu, nesta segunda-feira (24), uma nota de apoio à greve geral no Paraguai que começa na quarta-feira (26). A entidade ressalta o repúdio às políticas entreguistas do presidente Horácio Cartes, como a Lei de Aliança Público Privada, e se solidariza com a luta por justiça, liberdade e terra dos camponeses de Curuguaty, vítimas do massacre em 15 de junho de 2012.
O dirigente da Federação Nacional Camponesa, Marcial Gómez, disse que os do campo e da cidade estão unidos no Paraguai impulsionando a greve geral convocada para esta quarta-feira (24) e reclamando a revogação da privatizadora Lei de Aliança Público-Privada.
A Frente Guasu, coalizão de partidos e organizações sociais paraguaias, disse neste domingo (23) que o governo responde com repressão o chamado à greve geral e ratificou o apoio a mobilizações em Assunção e 12 departamentos do país.
A anulação da chamada Lei de Aliança Público-Privada (APP), instrumento para a privatização das empresas estatais, se converteu em uma das principais bandeiras da greve geral convocada pelos sindicatos e organizações camponesas e sociais no Paraguai.
A adesão em massa à convocação para greve geral e o duro debate entre centrais sindicais organizadoras da paralisação nacional e o governo marcou a semana que termina no Paraguai.
Sindicatos paraguaios convocaram para a próxima quarta-feira (26) uma greve geral para exigir, entre outras reivindicações, a anulação da Lei de Promoção do Investimento em Infra-estrutura, também conhecida como Aliança Público e Privada (PPP).
A bancada do Partido Democrata Progresista no Paraguai apresentou, nesta quinta-feira (20), fotografias de camponeses mortos e com as mãos amarradas que foram vítimas do massacre de Curuguaty, o que, segundo os denunciantes, comprovam que os camponeses foram executados.
A Associação Paraguaio-Cubana de Cultura e Solidariedade José Martí emitiu uma nota oficial onde repudia a ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela. Os integrantes alertam a América Latina sobre a nova ameaça das forças retardatárias norte-americanas ávidas por se apoderar dos recursos naturais da nação bolivariana.