Deputados rechaçam necessidade de aprovação da PEC 32 para garantir recursos para auxílio à população carente e criticam caráter eleitoreiro do novo programa social de Bolsonaro, que substituirá o Bolsa Família.
Na opinião do professor de Economia da UnB José Luís Oreiro, ao se eximir da responsabilidade sobre a alta dos combustíveis, Bolsonaro irá causar uma greve dos caminhoneiros.
Mesmo que consiga os recursos para o programa que põe fim ao Bolsa Família, Bolsonaro só ajudará 17 milhões dos 39 milhões que hoje recebem o auxílio emergencial
Hoje, o Brasil enfrenta um dos seus piores momentos políticos e econômicos. O desemprego é recorde, assim como a inflação entre os mais pobres. Cenas de brasileiros revirando o lixo ou em busca de osso em açougues se tornaram rotineiras. A pandemia apenas agravou esse quadro.
“Qual é o poder do Guedes? O negócio das privatizações”, aponta Luis Nassif
A debandada é vista pelo mercado como uma reprovação à política fiscal de Bolsonaro. Governo quer furar teto de gastos para bancar medidas eleitoreiras.
Segundo levantamento realizado pelo Dieese para o Portal Vermelho, no início do Governo Bolsonaro, o custo da alimentação de um trabalhador estava em R$ 467,65 enquanto o salário mínimo foi fixado em R$ 998,00. Ou seja, era suficiente para comprar 2,1 cestas. Em setembro de 2021, a cesta já chegava a R$ 673,45 para um salário de R$ 1.100,00, conseguindo o mínimo adquirir 1,6 cesta.
Guedes disse que vender ações da Petrobras e usar o ganho para custear programas de sociais pode ser uma alternativa para a privatização completa da empresa.
Em audiência com ministro do setor, parlamentares propõem ação suprapartidária contra corte pedido pelo Ministério da Economia
O ministro da Economia de Bolsonaro defendeu retirar de projeto regra que tributaria recursos de brasileiros em paraíso fiscal, isto é, pouco tempo antes do consórcio de jornalista do Pandora Papers revelar que ele, esposa e filha possuem offshore com US$ 9,55 milhões nas Ilhas Virgens Britânicas
Enquanto o povo passa fome na fila do osso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, “engorda” os seus rendimentos
Seriam R$ 20 milhões por deputado, o que, já estimado, daria a “bagatela” de R$ 6,16 bilhões do dinheiro público para tentar garantir os votos necessários à aprovação. A verba seria liberada por meio de recursos de emendas do relator do PLOA/2022 – Projeto de Lei Orçamentária para 2022, o deputado Hugo Leal (PSD/RJ). Os possíveis agraciados seriam parlamentares do Centrão e da base do presidente da República.