O analista geopolítico e correspondente brasileiro Pepe Escobar*, em entrevista ao canal de mídia alternativo francês “Le Cercle des Volontaires”, esclarece que o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff foi provocado pelo desejo norte-americano de se apropriar das riquezas do petróleo brasileiro, principalmente do pré-sal e lembra que tudo teve início com os grampos da NSA contra a presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras.
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, vê nas medidas anunciadas na terça-feira (24) pelo governo interino de Michel Temer, a potencialização em alta escala da presença do capital privado no Estado brasileiro. Para ele a opção em beneficiar a iniciativa privada poderá intensificar a terceirização e aumentar a desigualdade.
Por Railídia Carvalho
Fica um bocado óbvio que o ex-chefe da Casa Civil de FHC foi escalado para a Petrobras no intuito de cumprir a agenda liberal e privatista dos golpistas e é mais óbvio ainda que os petroleiros e petroleiras vão lutar bravamente contra tal feito. Não só por razões ideológicas, mas também para evitar a má política da década de 1990.
Por Tadeu Porto*, no Brasil Debate
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou o que já era esperado, dada a natureza do golpe em curso: o governo Michel Temer apoiará o projeto aprovado no Senado que flexibiliza a exigência de ter a Petrobras como operadora única e obrigatória do pré-sal. Em entrevista ao Valor Econômico, ele afirma que a atividade deve ser partilhada com a iniciativa privada.
Michel Temer, que ocupa à presidência, incluiu mais um investigado na lista de sua equipe. Pedro Parente foi escolhido pelo usurpador para comandar a menina dos olhos dos entreguistas, a Petrobras. Isso porque no final de março, a 1ª Turma do STF aceitou recurso da Procuradoria-Geral da República e autorizou a retomada de ações de reparação de danos por improbidade administrativa contra os ex-ministros tucanos, incluindo e Pedro Parente.
O ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso, Pedro Parente, será o novo presidente da Petrobras. Ele subsituirá Aldemir Bendine. Conhecido como "ministro do apagão", Parente coordenou o comitê responsável por administrar a crise de energia elétrica de 2001, resultado de falta de planejamento, falta de investimentos e privatização do setor elétrico.
Temer deixa bem claro que vai realizar um desmonte privatista na maior empresa nacional, a troco de alguns royalties para seus aliados e de ‘favores’ das gigantes do petróleo. Quem for contra vai sofrer com a mão pesada de um Estado opressor que não dará voz aos trabalhadores
Por Tadeu Porto*, no Brasil Debate
Acionistas da Petrobras aprovaram ontem (28) – em Assembleias Gerais Extraordinária e Ordinária – o plano de reestruturação da companhia, que prevê mudanças no estatuto social, redução no número de cargos de diretorias e gerências e altera o processo decisório cortando custos e cargos gerenciais. Com o novo modelo, a Petrobrás espera uma redução de custos de até R$ 1,8 bilhão por ano.
A proposta revela um compromisso com a privatização e com o fim do regime de partilha na Petrobras. O povo brasileiro que lutou na campanha “O petróleo é nosso”, perdeu empresas públicas valiosas, como a Vale do Rio Doce, mas que também resistiu em toda parte ao avassalador processo de privatização colocado em prática pela direita nos anos de 1990, se verá novamente diante do fantasma do entreguismo.
Por Maria do Rosário*
As empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas públicas) são entidades integrantes da Administração Pública Indireta, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, como um instrumento de ação do Estado (artigo 37, XIX da Constituição e Decreto-Lei nº 200/1967).
Por Gilberto Bercovici*, no Brasil Debate
A notícia de abertura de um novo programa de demissões voluntárias na Petrobras irritou a direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que estava na expectativa de discutir a questão do efetivo com a estatal. "A direção da companhia mais uma vez está se equivocando", afirma o coordenador da FUP, José Maria Rangel, para quem a Petrobras está, na verdade, com déficit de pessoal, principalmente nas áreas operacionais.
O coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros, Emanuel Cancella, disse nesta quinta (31), durante ato em defesa da democracia no Rio de Janeiro, que um eventual impeachment da presidenta Dilma Rousseff e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer pode levar à privatização da Petrobras e à entrega do pré-sal para empresas privadas.