Uma manifestação em defesa de investimentos em habitação popular e contra o projeto de reorganização das escolas estaduais ocorreu nesta terça-feira (10) na Avenida Morumbi, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. De acordo com a Companhia de Engenharia de tráfego (CET), a via, localizada na zona sul, foi fechada pelos manifestantes por volta das 11h45.
A pretexto de preparar escolas para atender a “demandas específicas” conforme as faixas etárias, e em tese melhorar o ensino na rede pública, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), resolveu fechar 94 escolas em 36 municípios distribuídos pela Região Metropolitana, litoral e interior, e extinguir o ensino noturno, inclusive dedicado à suplência, no conjunto da rede. Isso sem consultar quaisquer setores da sociedade, apenas algumas diretorias de ensino.
A Petrobras encaminhou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) um documento, agendando uma proposta de negociação, que ocorrerá na próxima segunda-feira (9), durante a manhã. A federação afirma que a força da greve dos petroleiros levou a Petrobrás a reconhecer pela primeira vez a Pauta pelo Brasil.
Na última semana, economistas ligados ao PSDB escancararam os interesses por trás da tentativa de interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Marcio Pochmann, a agenda que os tucanos querem aplicar no Brasil, em caso de golpe, é antipovo e representa o desmonte do Estado brasileiro. “É o retorno a um país voltado para apenas dois quintos da população”, diz ao Vermelho.
Por Joana Rozowykwiat
A professora Maria Clotilde Lemos Petta*, da PUC-Campinas escreve artigo sobre o comportamento de empresas de educação que visam o lucro em detrimento da qualidade do ensino, como ocorre com o grupo Pearson, que é objeto de sua análise.
As novas formas de atuação do capital no setor educacional exigem estratégias de enfrentamento e de resistência contra a agenda neoliberal, que fomenta as privatizações e a desregulamentação dos serviços públicos, em escala mundial.
Por Maria Clotilde Lemos Petta*
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou nesta quarta-feira (8) que a situação energética de hoje é muito diferente da enfrentada pelo país na década de 1990, sob o governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). E fez um paralelo entre o “apagão” promovido pelos tucanos na década de 1990 e a privatização do setor energético, alertando para situação atual de tentativa semelhante com o petróleo brasileiro.
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) usou a tribuna da Câmara, esta semana, para defender o papel de bancos públicos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Em seu discurso, ela também respondeu aos servidores bancários que manifestaram preocupação com as possibilidades da privatização desses dois bancos públicos.
O senador tucano José Serra disse que o governo deveria vender parte da Petrobras ao setor privado. Apesar de negar ser uma forma de privatizar a maior empresa brasileira, o ex-governador e prefeito de São Paulo afirmou que “a Petrobras deveria ser dividida em empresas autônomas e uma holding. Aí, em cada caso, ou você vende, ou você abre o capital”.
O atual presidente e ex-CEO da Nestlé, o maior produtor de alimentos do mundo, acredita que a resposta para as questões globais da água é a privatização. Esta afirmação está no registro da maravilhosa empresa que vende junk food na Amazônia, tem investido dinheiro para impedir a rotulagem de produtos cheios de organismos geneticamente modificados.
O novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil.
O documentário Privatizações: a Distopia do Capital, de Silvio Tendler, que estreou no último dia 9, questiona qual é o modelo econômico que o país quer construir para o futuro. O objetivo do cineasta é trazer para o debate público os discursos hegemônicos que permeiam as políticas econômicas, além de traçar um panorama histórico dos processos de privatizações que o país sofreu.