Milhares de jovens em todo o Brasil protagonizaram manifestações massivas nos últimos meses. Ocuparam ruas e praças na luta por direitos, mostrando que a unidade entre os movimentos sociais pode sim conquistar cada vez mais vitórias. Com esse sentimento, diversas mobilizações vêm ocorrendo país afora, ocupando Câmaras, Prefeituras e Assembleias Legislativas.
Acontece nesta segunda-feira (29), às 19 horas, o 2º Encontro para Análise da Conjuntura Por Qual Reforma Política as Ruas Clamam", no auditório da Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, 509, 2º andar, centro de São Paulo (SP).
Em entrevista à Revista Princípios, o presidente nacional da União da Juventude Socialista (UJS) avalia o protagonismo dos jovens militantes na jornada de manifestações e diz que o “movimento social precisa estar aberto a se atualizar e se renovar para ter a capacidade de organizar essas milhares de pessoas que saíram às ruas e querem lutar por um Brasil melhor”.
Nos dias tensos e intensos que o país vive nas últimas semanas em virtude da emergência de vários fatores, a incerteza sobre os destinos da economia e, em especial, as manifestações massivas dos jovens de classe média, abriram a caixa de Pandora do país, expondo seus males históricos e estruturais, entre eles, a precariedade absurda da mobilidade urbana das grandes metrópoles.
Por Walquíria Leão Rego*, professora titular da Unicamp
Foi em clima de reencontro que os manifestantes do Bloco de Luta Pelo Transporte Público se reuniram na noite gelada de segunda-feira (22), em Porto Alegre (RS). Um protesto marcou o retorno do grupo às ruas depois de desocuparem a Câmara de Porto Alegre. O tempo frio limitou o número de participantes, cerca de 500, e deu ares semelhantes às primeiras manifestações do Bloco, no início do ano, quando a causa do transporte coletivo ainda tentava ganhar espaço no inconsciente da cidade.
Integrantes do Movimento Passe Livre Salvador (MPLS) fazem nesta terça-feira (23) protesto na Avenida Paralela, na altura do Monumento deputado Luís Eduardo Magalhães. Antes de sair em caminhada para o Centro Administrativo da Bahia (CAB), o grupo colocou um cartaz em cima da placa com o nome do espaço, "trocando" para monumento Carlos Marighella, em homenagem ao militante comunista baiano que lutou contra o regime militar.
O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse que vai afastar um policial do Batalhão de Choque da PM por abuso de força nas recentes manifestações populares no Rio. O nome do agente não foi divulgado. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pela assessoria de imprensa da PM.
A juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva emitiu despacho na segunda-feira (15) em que suspende o cumprimento da medida liminar e designa audiência de conciliação para o dia 17, às 15 horas. Na decisão, ela observa o caráter pacífico da ocupação e considera que “a medida drástica de retirada forçada desses cidadãos não é o melhor caminho, neste momento”.
A Federação Sindical Mundial (FSM), entidade a qual a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é filiada, enviou uma nota de apoio e solidariedade ao Dia Nacional de Luta. O Ato é organizado pelas centrais sindicais brasileiras e está marcado para esta quinta-feira (11). Confira abaixo a íntegra da nota:
Cerca de duas mil pessoas foram às ruas do Centro de João Pessoa para eixigir mais qualidade nos serviços básicos e o passe livre. Estiveram presentes o Movimento Passe Livre (MPL), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e ativistas culturais que se concentraram na Praça Rio Branco e seguiram em destino à Secretaria de Cultura do Estado, onde foram recebidos pelo secretário Chico César. O protesto ocorreu na quinta-feira (4).
Boa parte das demandas que irromperam dos protestos de junho de 2013 no Brasil sugere um reforço dos compromissos do Estado com os brasileiros. Porém, o cuidado que se deve ter diz respeito a como entendemos quais são as responsabilidades do Estado como garantidor do interesse público enquanto as nossas são como cidadãos independentes.
Por Bruno Peron*, em seu blog
Em mais uma clara demonstração da falta de disposição em debater com profundidade os problemas que atingem o país, buscando soluções conjuntas para as reivindicações populares, lideranças de partidos da oposição, PSDB, DEM e PPS, recusaram o convite da presidenta Dilma Rousseff para participar de uma reunião na tarde desta segunda-feira (1º/7).