Desde a semana passada grandes mobilizações estão sacudindo o Brasil. Inicialmente se tratavam de protestos contra o aumento na tarifa de ônibus, metrô e trem na cidade de São Paulo, mas que se tornaram nacionais e resultaram em um movimento com imensa pluralidade de reivindicações, de todos os tipos.
Por Caio Botelho*, no blog Soletrando a Liberdade
Os protestos que pipocavam em diversas cidades brasileiras, há algumas semanas, ganharam contornos nacionais, saindo da temática do transporte ampliando a reflexão sobre o Brasil que queremos. A onda de manifestações de segunda-feira (17), que reuniu cerca de 250 mil pessoas, sem dúvida mudou a conjuntura política social.
Por Deborah Moreira, do Portal Vermelho
Milhares de pessoas voltaram nesta terça-feira (18) às ruas de São Paulo para protestar contra o aumento da tarifa do transporte e reivindicar melhorias nos serviços públicos. Os manifestantes se concentraram na Praça da Sé, em frente à catedral de São Paulo, e algumas das vias adjacentes. No início da noite, os manifestantes se dividiram em grupos, um deles ficou em frente a Prefeitura e o outro seguiu em direção a Marginal Tietê.
O prefeito Fernando Haddad saiu aplaudido da reunião com mais de 100 representantes de organizações sociais. Como prometido, ele abriu a caixa preta do custo dos transportes públicos. E, além de botar os empresários na roda e recolocar o problema no seu espaço político, Haddad, desta vez, foi mais longe. Atribuiu aos donos de carros responsabilidade de financiar o transporte público.
O deputado estadual Lula Morais (PCdoB) chamou atenção, nesta terça-feira (18), durante o primeiro expediente da sessão plenária, para a importância das manifestações realizadas nesta segunda (17) em diversas cidades brasileiras. “Parecia uma manifestação pontual, mas transbordou no significado dos fatores que levaram as pessoas para as ruas”, ressaltou.
Mudanças ocorrem após protestos terem levado 230 mil às ruas em diferentes cidades do País na segunda-feira. Depois de protestos terem levado, na segunda-feira (17), mais de 230 mil pessoas às ruas contra o aumento das passagens de ônibus em diversas cidades do Brasil, quatro capitais anunciaram reduções em seus preços do transporte público.
A Prefeitura de São Paulo realiza na manhã desta terça-feira (18), uma reunião extraordinária com o Conselho da Cidade para discutir o transporte público na capital. Por determinação do prefeito Fernando Haddad, o Movimento Passe Livre (MPL) foi convidado para fazer uma apresentação diante dos conselheiros e explicar suas propostas e visões para o setor. Haddad repudiou a violência em manifestações contra o aumento das passagens do transporte público.
A presidenta Dilma Rousseff elogiou, nesta terça-feira (18), em discurso no Palácio do Planalto, o civismo da população brasileira, que foi às ruas em manifestações nas principais cidades do país. Segundo Dilma, foi bom ver tantos jovens e adultos defendendo um país melhor.
Um novo protesto contra o aumento da tarifa de transporte público na capital paulista está marcado para nesta terça(18), às 17 horas, na Praça da Sé. Será o sexto protesto desde o último dia 6. Nesta segunda (17) ocorreu o maior ato organizado pelo grupo Movimento Passe Livre (MPL), que reuniu 65 mil manifestantes nas ruas, segundo o Instituto Datafolha.
O dia de ontem pode ser considerado um marco na história recente do Brasil. Em todo o país, jovens e cidadãos de classe média, mas também populares, saíram às ruas em sua maioria pacificamente para protestar.
Por José Dirceu*, em seu blog
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda (17) os protestos que ocorreram em 11 capitais do país e em cidades do interior. “Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas”, afirmou, em seu perfil no Facebook.
Os protestos que tomaram as ruas das principais capitais do país reuniram nesta segunda (17) mais de 250 mil pessoas. As manifestações, que inicialmente tinham como foco o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo e a péssima qualidade desse serviço, ganharam proporções nacionais após as desastrosas e violentas ações da polícia de São Paulo.