O secretário de Políticas Sociais da CTB, Carlos Rogério Nunes, entende como legítimas as manifestações populares que tomaram conta do Brasil nas últimas semanas, mas vê a necessidade de ampliá-los, a partir de uma pauta mais bem definida e direcionada pelos movimentos sociais do país.
O PCdoB, através de sua bancada na Assembleia Legislativa de São Paulo, celebra a conquista obtida pelos estudantes, trabalhadores e movimentos populares de São Paulo com a redução das tarifas de ônibus, trens e metro, anunciadas na noite desta quarta-feira.
A juventude tomou as ruas do país. Desde o impeachment de Collor não se via nada igual. Os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista começaram no início do mês – a primeira manifestação foi na quinta-feira (6). Antes disso isoladamente em Porto Alegre, Goiânia e Manaus a UNE já tinha participado e reportado a luta e a vitória das UEEs que organizaram manifestações pressionando as prefeituras que acabaram resultando na redução das tarifas.
Belo Horizonte teve, nos últimos três dias, mais de cinquenta mil pessoas nas ruas, em manifestações sintonizadas com o movimento nacional que teve início na luta contra a tarifa dos transportes. Apesar de ser pacifico, ter grande participação de estudantes e muito apoio da população local, os protestos em BH têm sido marcados pelo protagonismo negativo Polícia Militar de Minas Gerais, tomando a cena com truculência, descaso e evidente incapacidade para lidar com os movimentos sociais.
Belo Horizonte teve, nos últimos três dias, mais de cinquenta mil pessoas nas ruas, em manifestações sintonizadas com o movimento nacional que teve início na luta contra a tarifa dos transportes. Apesar de ser pacifico, ter grande participação de estudantes e muito apoio da população local, os protestos em BH têm sido marcados pelo protagonismo negativo Polícia Militar de Minas Gerais, tomando a cena com truculência, descaso e evidente incapacidade para lidar com os movimentos sociais.
Depois de quase três semanas de protestos que foram se intensificando, governos de norte a sul do país revogaram os aumentos praticados nas tarifas de transporte público coletivo. A União Nacional dos Estudantes (UNE), que integra a mobilização, divulgou nota exaltando o "vigor" da juventude e convocando para novos atos. "Os estudantes também levarão uma das principais bandeiras desta geração: a destinação de 10% do PIB para a educação pública".
O Congresso poderá aprovar, nos próximos 15 dias, a desoneração total para o transporte público, disseram nesta quarta-feira (19) o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), e o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator na Câmara do projeto que reduz os tributos para o transporte público urbano.
Mao dizia que basta uma fagulha para incendiar uma pradaria. Nunca sabemos quando um fato, um símbolo, acenderá as paixões das ruas. Quando isso acontece, dias valem anos de aprendizado e de tempo histórico, a realidade muda rápida e impressionantemente, e sempre se coloca a questão de como dirigir essa grande luta às vitórias.
Por Paulo Vinícius*
As manifestações ocorridas em 11 capitais do Brasil na última segunda-feira (17), mobilizando 250 mil pessoas e que ainda prosseguem pelo país afora, devem ser registradas na história da vida política brasileira como alvissareiras, como uma oportunidade e, como tal, repleta de possibilidades.
Por Divanilton Pereira*
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, destacou nesta quarta (19) que o governo federal tem investido “pesado” em ações que visam o aperfeiçoamento da mobilidade urbana no país.
As manifestações de jovens ocupando espontaneamente as ruas das principais capitais do país talvez seja o mais relevante e inexplicado fenômeno social dos últimos anos. Muitos ainda estão perplexos sem saber como explicar suas origens. Outros começam a apontar algumas pistas sobre suas raízes. Poucos parecem ser os que estão preocupados com o local do deságue. Incluo-me entre os poucos…
Por Theófilo Rodrigues*
Um fantasma ronda o mundo petista. O da perplexidade. Apesar das importantes conquistas dos últimos dez anos e das pesquisas eleitorais favoráveis, a onda de protestos abala o principal partido da esquerda brasileira e aproxima-se do governo federal. Com o prefeito de São Paulo na berlinda e multidões de jovens nas ruas, tudo o que era sólido parece se desmanchar no ar.
Por Breno Altman*, no Brasil 247