O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta segunda-feira (17) que o governo federal quer manter diálogo com os movimentos para entender “anseios importantes” que têm levado milhares de brasileiros às ruas de todo o país.
A manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público que ocorre nesta segunda-feira (17) na capital paulista se concentrou no Largo da Batata, zona oeste da cidade e dividiu-se em três frentes: o maior grupo ocupou parte da Avenida Brigadeiro Faria Lima e os dois grupos menores foram para a Avenida Paulista e para o Palácio do governo.
Por Deborah Moreira, do Portal Vermelho
Em meio à série de protestos pelo país, a presidenta Dilma Rousseff avaliou nesta segunda-feira (17) que as manifestações pacíficas são próprias da democracia. A informação é da ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas.
“Não somos nós que estamos parando São Paulo. São Paulo já está parada. Fechar uma rua hoje é abrir um novo caminho para o transporte coletivo para a cidade”. A afirmação foi feita por Caio Martins, estudante de história e integrante do Movimento Passe Livre, durante uma coletiva de imprensa dada pelo MPL na manhã desta segunda-feira (17), quando acontece o 5º ato contra o aumento da passagem na capital, com concentração a partir das 17h, no Largo da Batata, Zona Oeste.
Na última quinta-feira (13), milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o aumento do transporte público em São Paulo. A manifestação, que era para ser pacífica, terminou com um saldo de mais de 200 presos e dezenas de feridos entre eles jornalistas que estavam cobrindo o ato.
O repórter do Portal Aprendiz, Pedro Ribeiro Nogueira, 27 anos, foi solto na tarde de sexta-feira (14) depois de passar mais de 60 horas preso no 2º DP, no Bom Retiro, em São Paulo (SP).
Crescem as críticas na sociedade à brutal violência da PM de São Paulo, sob comando tucano, contra jovens em luta pela redução das tarifas do transporte público. Pesquisas já indicam que a população paulista apóia os legítimos protestos da juventude – mas rejeita atos tresloucados.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Fernando Haddad convocou os membros do Conselho da Cidade para uma reunião extraordinária na próxima terça (18), às 9h, na sede da Prefeitura de São Paulo a fim de discutir o transporte público no município. Ele afirmou a intenção de convocar o Movimento Passe Livre para o encontro.
O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, atingido no olho esquerdo por um tiro de bala de borracha disparado pela Polícia Militar durante o protesto de quinta-feira (13), em São Paulo, tem poucas chances de recuperar a visão. Já a repórter da Folha de S. Paulo, Giuliana Vallone, também atingida no olho por uma bala de borracha, não corre risco de ter danos maiores. No Facebook, a jornalista comentou o que houve e agradeceu o apoio: "Vi o policial mirar em mim".
As manifestações desta quinta-feira (13) em São Paulo revelaram para a sociedade brasileira a faceta da Polícia Militar que a periferia conhece bem: violência, truculência e repressão. Qualquer um dos 10 mil manifestantes que estiveram presentes no ato são testemunhas de partiram da polícia os atos que iniciaram a confusão. Os demais atos foram reação a uma ação orquestrada e treinada desde os tenebrosos tempos da ditadura militar.
Por Vanessa Silva
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta sexta-feira (14) que as informações e imagens que chegaram na quinta-feira (13) ao governo federal mostram que houve "extrema violência policial" em São Paulo, durante protesto contra o aumento das passagens de ônibus." O que também nos parece absolutamente inaceitável. Jamais a polícia pode atuar de forma arbitrária e violenta, como tudo indica que parece ter ocorrido", disse o ministro.
Terminou em confusão a passeata contra o reajuste das passagens dos ônibus urbanos do município do Rio. A Polícia Militar acompanhou toda a caminhada que saiu da Candelária e seguiu pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde os manifestantes fizeram uma rápida votação para saber se continuariam com o protesto. Como eles decidiram retornar para a Candelária, a PM resolveu agir com rigor para dispersar os participantes do ato. Vinte e uma pessoas foram detidas.