O grupo do ex-governador mineiro, o senador Aécio Neves, prevaleceu sobre as intenções do candidato derrotado à Presidência da República nas últimas eleições José Serra de dirigir o Partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB) e manteve a indicação do ex-senador cearense Tasso Jereissati, também derrotado nas urnas em outubro passado, para a para a Presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), a instância diretiva da agremiação.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foram incumbidos de negociar com o ex-governador José Serra o espaço que lhe caberá no comando do PSDB. Neste sábado (28), os tucanos realizam a convenção nacional que elegerá os novos dirigentes da legenda.
As ameaças dos tucanos paulistas de boicotar no sábado a convenção nacional do PSDB, caso o ex-governador José Serra seja preterido na indicação para a presidência do Instituto Teotônio Vilela, ainda não surtiram o efeito esperado. O grupo de Minas Gerais ainda resiste à ideia e continua defendendo a nomeação do ex-senador Tasso Jereissati (CE) para o comando do ITV.
O racha tucano ganhou proporções ainda mais radicais. Diante da falta de acordo para a composição da Executiva Nacional do PSDB, aliados do ex-governador José Serra ameaçam boicotar a convenção do partido, no sábado (28), em Brasília.
A uma semana da convenção que definirá o Diretório Nacional do PSDB, tucanos paulistas já falam abertamente na possibilidade de decidir a composição da nova Executiva na Justiça. Em entrevista nesta sexta-feira (20) à TV Estadão, o deputado William Dib disse que as chances para que isso ocorra são "grandes", caso não haja acordo para abrigar o grupo do ex-governador de São Paulo José Serra na instância máxima da sigla.
Com base em denúncias que circularam pela internet em meados de 2003, o Laboratório de Mídias Eletrônicas (LabMídia), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), produziu um vídeo demonstrando como governo estadual de Minas Gerais, na gestão de Aécio Neves (PSDB), cerceava a liberdade de imprensa no estado.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lançou seu antecessor, José Serra, para a presidência do ITV (Instituto Teotônio Vilela), ligado ao PSDB. Seria uma forma de acomodar Serra no comando do partido e encerrar a crise entre duas alas internas.
O deslocamento do PSDB para a centro-direita a partir de 2003 é o principal motivo apontado pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, atual professor da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), para deixar a legenda. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), em artigo publicada no jornal Folha de São Paulo. A saída representa mais um desfalque para os tucanos, que vivem uma crise interna
“FHC é hoje uma figura patética. Uma espécie de cavaleiro da triste figura e que não tem nada de ingênuo nos seus ideais. Ele e seu fiel escudeiro José Serra nem de longe nos comovem como os personagens de Cervantes. Pelo contrário: o mundo que enxerga esse senhor e as fantasias que dele faz, apenas confirmam o seu descompasso com esse vigoroso Brasil que surgiu após o seu desastroso, entreguista, incompetente e não menos corrupto governo.”
Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo
O "churrascão da gente diferenciada" emparedou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e conquistou, nesta quarta-feira (18), a confirmação de que a estação da futura Linha 6-Laranja do Metrô vai ser mesmo na rua Sergipe, em Higienópolis. No sábado (14), após o protesto, Alckmin já havia dito que a decisão sobre o metrô estava indefinida. Mobilizado pelas redes sociais, o churrascão reuniu mil pessoas em frente ao shopping Higienópolis e fez tremer a elite paulistana.
A atividade política de José Serra tem se resumido a se convidar para todas as inaugurações de obras estaduais em São Paulo, a aparecer sem ser convidado em eventos políticos de terceiros (como no discurso inicial de Aécio Neves como senador) e a criar factoides políticos (como a reunião com Rui Falcão, presidente do PT, para "discutir a reforma política").
Por Luis Nassif, em seu blog
A pouco mais de dez dias da eleição para a nova direção nacional do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves se encontrou com o governador paulista, Geraldo Alckmin, para tentar costurar um consenso na composição da cúpula partidária. Os dois se reuniram nesta segunda-feira (16), por cerca de meia-hora, no Palácio dos Bandeirantes.