Horas antes da chegada de Alckmin, manifestantes protestam contra aumento de tarifa no Metrô. Grupo entregava panfletos na Barra Funda; governador vai inaugurar estação Carapicuíba
O deputado Barros Munhoz, do PSDB, presidente da Assembleia de São Paulo, está convencido de que a saraivada de denúncias contra ele, envolvendo-o em atos de improbidade, teve origem na pequena Itapira (SP), cidade que administrou em três mandatos. Mas não afasta a possibilidade de ter sido alvo de "fogo amigo", alguém de sua legenda ou de partido aliado, que queria intimidá-lo com a divulgação das ações judiciais em que é réu ou investigado – são 22 no total.
O roteiro é de filme B. Um homem da confiança do governo vende dados sigilosos sobre a segurança pública a empresas do próprio governo, que anuncia dados parciais otimistas da redução da violência. O servidor é afastado, mas as informações vendidas continuam restritas aos compradores, “para não alarmar a população”.
Por Soraya Aggege, na CartaCapital
Barros Munhoz nega acusação de encaminhar falsas declarações a fundo de pensões
Para o deputado estadual e presidente da Alesp, Barros Munhoz (PSDB), o que é visto como "prejuízo" aos cofres públicos é, na verdade, investimento
Na operação em que é acusado de ter favorecido a Brinquedos Estrela, quando exercia o mandato de prefeito de Itapira (SP), em 2002, o deputado Barros Munhoz (PSDB) também privilegiou a Construtora TLBT, segundo ação civil do Ministério Público Estadual. A investigação revela que Munhoz doou à empreiteira um terreno de 25,5 mil metros quadrados – avaliado na ocasião em R$ 245,7 mil -, por meio "procedimento licitatório direcionado".
O deputado tucano Barros Munhoz foi reeleito na tarde desta terça-feira (15) presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Com a vitória e o apoio do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), o parlamentar continua por mais dois anos no cargo.
Indicados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Pará confirmam ter feito parte do segundo escalão na gestão de José Serra
O governo do estado de São Paulo tem usado os cargos a que tem direito nos conselhos de administração de empresas estatais para abrigar filiados do PSDB e quadros ligados ao partido. Os honorários pagos com recursos das empresas ou do erário estadual servem como complemento salarial para secretários, assessores e colaboradores do Palácio dos Bandeirantes.
Investigações do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de São Paulo mostram que uma dona de casa foi utilizada como laranja para abrir uma empresa vencedora de uma licitação fraudulenta.
Conselhos de estatais engordam salário de aliados do Palácio dos Bandeirantes.
Secretários, assessores e colaboradores do governo paulista, além de integrantes de campanhas tucanas, garantem rendimento extra que varia de R$ 3,5 mil a R$ 4,5 mil mensais
Quando assumiu o governo do Pará, Simão Jatene (PSDB) enviou mensagem à Assembleia Legislativa alertando para o rombo nas contas do Estado, anunciou o enxugamento da máquina e demitiu mais de mil servidores da gestão anterior. O que era para virar um exemplo de boa gestão, no entanto, ameaça tornar-se um escândalo. Em dois meses, a fim de acomodar interesses setoriais, Jatene já deu posse a 450 novos assessores, entre familiares de deputados, de membros do Judiciário e de empresários amigos.