NUM MUNDO CADA vez mais radicalizado e polarizado das redes sociais, o excesso de opinião cansa. Concordo. Por isso, sempre penso duas vezes antes de entrar na melhor polêmica dos últimos tempos da última semana. Desta vez, achei que tinha algo importante a dizer. Resolvi arriscar.
Por Ruben Berta
São ataques de ódio contra negros, gays, imigrantes ou por motivações religiosas.
O abismo racial no ambiente corporativo brasileiro continua profundo, apesar dos recentes esforços de algumas empresas de deixarem de ser apenas brancas. Segundo dados de pesquisa do Instituto Ethos, realizada em 2016, pessoas negras só ocupam 6,3% dos cargos de gerente e 4,7% do quadro de executivos nas empresas analisadas pelo estudo.
Por Tory Oliveira para Carta Capital
Escroto, consciente, ativo, legitimado, estrutural, septicêmico em todos os órgãos da nação, o racismo de William Waack não é só dele. Essa é a pior notícia. “Coisa de preto” é subtexto corrente na mente de grande parte de uma sociedade criada sob os parâmetros da Casa Grande.
Por Elisa Lucinda
O sincericídio” que custou a posição de âncora do Jornal da Globo ao jornalista William Waack foi estarrecedor e condenável. A emissora agiu corretamente ao afastá-lo. E pode fazer desse triste episódio um marco para outras mudanças efetivas, demonstrando que não se tratou apenas de medida para preservar a própria imagem.
Por Orlando Silva*
Queda da estrela do jornalismo impõe à TV Globo desafio de lidar com questão além da ficção;
“Há 15 anos, esse episódio teria tido essa repercussão e essa resposta?”, diz ex-secretário.
Uma das mais respeitadas lideranças do movimento negro, Douglas Belchior, também conhecido pelo blog Negro Belchior, se encontrava em Nova York quando o vídeo exibindo comentários racistas de William Waack explodiu na internet brasileira, provocando sua queda poucas horas depois.
Como resposta ao comentário racista do apresentador da rede Globo, William Waack, internautas publicaram no Twitter homenagens a negros e negras de todo o mundo com a hashtag #écoisadepreto que viralizou.
Por Verônica Lugarini*
Renata Mielli, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e colunista da Mídia Ninja, comenta o vídeo que circula na internet com o jornalista William Waack, da TV Globo, em que, sem saber que está sendo gravado, critica um motorista que buzina perto do estúdio.
Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirma que "a Globo acerta ao afastar William Waack" após o vazamento de um vídeo em que ele faz um comentário racista; "Racismo não pode ser tolerado. Melhor gesto seria @majucoutinho apresentar o telejornal", defende o parlamentar, sobre a jornalista Maria Júlia Coutinho.
Um vídeo que circula na internet com o jornalista William Waack, da TV Globo, está causando revolta e polêmica. Durante intervalo de uma gravação em frente à Casa Branca, em Washington, para o Jornal da Globo, diário do qual Waack é âncora, sem saber que está sendo gravado, ele critica um motorista que buzina perto do estúdio.