O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, recebeu na manhã desta quarta-feira (21) a Contag e durante a tarde o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e a Fetraf-Brasil (Federação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura Familiar). Como afirmou em seu discurso de posse, Patrus está disposto a manter diálogo com os movimentos sociais agrários para trabalhar de forma a atender as demandas dos trabalhadores do campo.
O tema da reforma agrária causa grande aversão porque, com ele, se inicia a reforma política. Num país em que a agricultura familiar ocupa 24,3% da área agricultável, produz 70% dos alimentos e emprega 74,4% dos trabalhadores rurais, é a bancada ruralista que terá a maioria na Câmara.
Por Gustavo Noronha*, publicado no Brasil Debate
Na próxima quarta-feira (21), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) convida a todos para um coquetel de lançamento de sua nova página na internet, www.mst.org.br, que acontecerá no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, em São Paulo, às 19h.
Kátia Abreu iniciou seus trabalhos à frente do Ministério da Agricultura polemizando com a maioria dos trabalhadores rurais do país. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” a latifundiária afirmou não existir mais latifúndio. “Com isso, a ministra está tentando desviar a atenção sobre o problema da falta de reforma agrária no Brasil”, afirma Sérgio de Miranda, secretário de Política Agrícola e Agrária da CTB e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul.
Com 145 projetos de assentamentos criados em 2014, distribuídos em 415.436 hectares, o governo federal incorporou à reforma agrária área de aproximadamente 2,9 milhões de hectares no período 2011-2014. Neste intervalo foram criados 493 projetos de assentamento em benefício de 107,4 mil famílias.
Assentada da reforma agrária no município de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), a agricultora familiar paulista Roseli Canzaroli, 41 anos, viu no Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária (Pronera) a oportunidade de realizar o sonho de terminar os estudos.
Com 145 projetos de assentamentos criados ao longo do ano, distribuídos em 415.436 hectares, o Governo Federal incorpora à reforma agrária área de aproximadamente 2,9 milhões de hectares no período 2011-2014. Ao longo desse período foram criados 493 projetos de assentamento em benefício de 107,4 mil famílias.
A polêmica tem sido a tônica desde o anúncio da nomeação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
"Estamos chegando para somar, trabalhando juntos", declarou Patrus Ananias em sua cerimônia de posse para o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário, nesta terça-feira (6), em Brasília. Patrus ainda destacou que o governo terá como meta “um claro compromisso com a eficácia e o resultado das ações, sempre com atenção especial aos mais pobres".
A presidenta Dilma Rousseff destinou 22 novas áreas para fins de reforma agrária que somam 57.680 mil hectares e vão beneficiar 1.504 famílias de trabalhadores rurais em 10 estados brasileiros. O decreto com as desapropriações dos imóveis rurais foi publicado no Diário Oficial da União da última quarta-feira (31). Somadas as oito áreas decretadas no dia 26 de agosto passado, são 66.658 mil hectares destinados em 2014 à reforma agrária, que beneficiarão 1.739 famílias em 10 estados.
Em 1º de janeiro de 2015 as Ligas Camponesas completaram 60 anos. Elas nem existem mais, porém seu legado histórico ainda está aí, vivo e pulsando. Surgiram no Engenho Galileia, em Vitória de Santo Antão, em 1º de janeiro de 1955, e foram extintas logo após o golpe militar de março de 1964.
Por Vandeck Santiago*, no Diário de Pernambuco
Na manhã desta segunda-feira (5) o MST já voltou à ativa na luta pela Reforma Agrária Popular. Cerca de 300 Sem Terra ocuparam as rodovias federais BR 163, BR 267 e BR 262 no Mato Grosso do Sul em forma de protesto.