Existem mais de 4 mil pessoas físicas e jurídicas proprietárias de terras com dívidas acima de R$ 50 milhões, entre elas devedores individuais de mais de R$ 1 bilhão. É mais fácil essas dívidas serem perdoadas do que as terras destinadas a trabalhadores rurais.
Por Gustavo Noronha*
Movimentos de luta pela democratização do acesso à terra, como o MST, manifestaram preocupração com a escolha do novo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), escolhido pelo governo Bolsonaro, e esperam que ele atue em favor da reforma agrária. General que assume Funai era contratado de mineradora em conflito com indígenas no PA.
Em carta dirigida ao governador reeleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o dirigente do MST, Jaime Amorim, apela ao governador para que se investigue com profundidade o assassinato de lideranças camponesas no Estado. A última vítima da pistolagem latifundiária foi Cícero de Lima Costa, o Betão, 42, vice-presidente da cooperativa do assentamento Catalunha.
Poucos programas de governo, apresentados pelos presidenciáveis ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abordam o tema agrário em sua complexidade. Somente os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Guillherme Boulos (PSOL) deixam claro em seus programas a necessidade de realizar uma ampla reforma agrária no país, associada, inclusive, a uma mudança de modelo produtivo, incluindo os princípios da agroecologia e do desenvolvimento sustentável.
As medidas de austeridade fiscal promovidas pelo governo ilegítimo têm afetado de forma cruel os trabalhadores do campo. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) teve uma redução de quase 99%, em dois anos.
Com uma forte concentração de terras em posse nas mãos do agronegócio, o debate sobre a reforma agrária não costuma fazer parte da rotina dos moradores da cidade, mas deveria.
Por Juliana Avila Gritti*
Se o Supremo mantiver o patamar de 12% de juros como compensação pela desapropriação do imóvel rural descumpridor de função social estará contribuindo para o inexplicável rentismo pago aos senhores dos latifúndios improdutivos do Brasil.
Por Gustavo Noronha e Carlos Gondim*
A manhã deste sábado (05), na III Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, foi marcada pela presença de políticos, que prestaram apoio à produção dos assentamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Entre eles estava a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República e deputada estadual (RS), Manuela D’Ávila.
Este sábado (05) é o terceiro e penúltimo dia da 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A feira terá uma programação diversificada com debates sobre consumo de alimentos saudáveis, shows e uma homenagem ao economista Paul Singer, morto em abril deste ano. Além disso, haverá a venda de livros, café literário, troca de sementes e exposição e venda de artesanato e atividades destinadas às crianças.
O Parque da Água Branca, em São Paulo, recebe a terceira edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre 3 e 6 de maio, a partir das 10 horas. Evento terá 200 toneladas de alimentos orgânicos produzidos em 23 estados do Brasil, trazidos por cerca de 800 feirantes. Shows começam na quinta-feira (3) e vão até o domingo (6)
No desmonte das políticas sociais resultantes do golpe de 2016, o governo Michel temer não realizou o assentamento de nenhuma família de agricultores no Brasil ao longo de todo o ano de 2017. Este é o pior resultado desde 1995.
O Parlamento sul-africano aprovou uma emenda constitucional que irá acelerar o processo de transferência das terras agrícolas detidas por proprietários brancos para a comunidade negra. A proposta foi apresentada pelos Combatentes pela Liberdade Econômica, de esquerda, e foi apoiada pelo Congresso Nacional Africano (ANC), no poder