O anúncio feito pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que a votação sobre a reforma da Previdência vai ocorrer somente fevereiro de 2018, e não na próxima semana como pretendiam, já começou a provocar efeitos.
As centrais sindicais reunidas nesta quinta-feira (14) confirmaram a orientação pela paralisação nacional caso a proposta de reforma da Previdência do governo entre na pauta de votação da Câmara dos Deputados. O setor de transporte também reafirmou a decisão de parar no dia 19 de dezembro. Rodoviários, condutores e metroviários de São Paulo mantêm disposição para a greve. Nesta quinta, esta última categoria realiza assembleia.
Por Railídia Carvalho
A deputada gaúcha Manuela D’Ávila (RS), pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, considerou como uma vitória a decisão anunciado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), nesta quarta-feira (13), de que a votação da reforma da Previdência ocorrerá somente em fevereiro de 2018.
A deputada federal e vice-líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) denunciou a farsa da reforma da Previdência Social, que tem como objetivo excluir os trabalhadores de baixa renda da cidade e do campo. A deputada também criticou a postura dos grandes conglomerados de comunicação, que agem de acordo com seus interesses econômicos e políticos e mostram apenas um lado ao tratar sobre a reforma da Previdência.
Após o líder do governo do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciar nesta quarta-feira (13) que a votação da Reforma da Previdência tinha subido no telhado e ficaria para fevereiro de 2018, o Palácio do Planalto divulgou uma nota na qual informou que o presidente Michel Temer ainda definirá com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a data da votação.
A realidade atropelou o governo Michel Temer que, diante da falta de votos, se vê impossibilitado de aprovar a reforma da Previdência. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apertou o botão do pânico e jogou a toalha ao afirmar, nesta quarta-feira (13), que a votação ocorrerá somente em fevereiro de 2018.
Movimentos sociais realizaram, na manhã de hoje (13/12) na Assembleia Legislativa de Goiás, deram início a um jejum contra a Reforma da Previdência. O ato foi promovido pelo Fórum Goiano contra as Reformas da Previdência e Trabalhista em solidariedade à Greve de Fome feita por trabalhadores do campo em Brasília.
Sob comando do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a executiva nacional do PSDB decidiu nesta quarta-feira (13), em reunião em Brasília, fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência. Apesar da decisão, o partido definiu que não haverá punição aos parlamentares que decidirem votar contra a proposta.
A voz de milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais mobilizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Minas Gerais (Fetaemg) ecoou nas ruas de Belo Horizonte na manhã da última segunda-feira (11). Mais de 6 mil pessoas de todas as regiões do estado vieram a capital mineira para manifestar e mostrar sua indignação contra a reforma da previdência social e todos os desmontes propostos pelo presidente Temer e sua equipe.
Uma quarta-feira (13) de luta contra o fim da aposentadoria. Em São Bernardo do Campo, 5 mil trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen pararam as duas vias locais da Rodovia Anchieta, sentido litoral, e fizeram um ato no Km 24 em protesto contra a nova proposta de reforma da Previdência, que pode entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados na próxima semana.
O vai e vem em torno da data para votar a Reforma da Previdência (PEC 287/16) ainda não teve fim. Apesar de ter anunciado que o texto poderia ser votado na próxima terça-feira (19), Maia já voltou atrás e afirmou nesta quinta-feira (13) que o texto só será pautado quando houver votos para aprovação.
Por Christiane Peres
No dia em que completa 10 anos a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizou um protesto no aeroporto de Congonhas em São Paulo para denunciar a reforma da Previdência de Michel Temer. Desde as 6 horas da manhã desta terça-feira (12), dirigentes da Central distribuíam no aeroporto uma edição especial do jornal da entidade com os 20 pontos mais prejudiciais da proposta do governo, elaborados pela Anamatra, entre outras entidades.