“O governo mente ao dizer que o agricultor familiar está fora da reforma da Previdência. De forma sorrateira, Temer está colocando em outros artigos a obrigação de contribuição mensal dos agricultores e de todos os membros da família. Na prática, isso acaba com a condição de segurado especial da Previdência, um direito dos agricultores familiares”.
Por conta das dificuldades de conseguir reunir 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, a “reforma” da Previdência, o governo Michel Temer tem sido cauteloso. A mídia tradicional destacou nas últimas horas a sinalização do presidente da República dizendo que o texto só irá à votação se os 308 votos, ou três quintos dos deputados, estiverem garantidos.
Assim como fez para se salvar das denúncias na Câmara, Temer está disposto a abrir os cofres públicos para acabar com a Previdência Social. Os recursos são oriundos de renúncias fiscais, distribuição de verba para cidades e pagamento de emendas dos congressistas ao Orçamento.
Os movimentos sociais e as centrais sindicais ocuparam as ruas nesta terça-feira (5) contra a proposta de reforma da Previdência de Michel Temer. Foram realizados atos, paralisações de 24 horas, bloqueio de avenidas e rodovias, ocupação de prédios do INSS, marchas e protestos em aeroportos. O objetivo foi alertar a população para o que, sindicalistas e especialistas, consideram o maior ataque à Previdência Social.
Na próxima sexta-feira (8), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) participa de reunião com as demais centrais sindicais para organizar contraofensiva à Reforma da Previdência.
Pequenos agricultores integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores iniciaram nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados greve de fome contra a reforma da Previdência. Frei Sergio Görgen, Josi Costa e Leila Denise Meurer asseguram que é "mentirosa" a promessa de Michel Temer de retirar os trabalhadores rurais da reforma.
Em Fortaleza (CE), as centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo levaram milhares às ruas da capital cearense nesta terça-feira (5) nos protestos contra a Reforma da Previdência Social. Na Bahia, Sergipe e Maranhão aconteceram paralisações de professores da rede estadual, bancários e trabalhadores do serviço público. Assim como em diversas cidades, São Paulo realizou um ato com a presença das centrais em frente a agência do INSS.
Cerca de vinte mil pessoas participaram, na manhã desta terça-feira (05), em Fortaleza, de mais uma manifestação contra os retrocessos impostos pelo governo golpista de Michel Temer. Na pauta principal do ato, a luta contra a Reforma da Previdência (PEC 287/16) que, se aprovada, decretará o fim do direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
No Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência (5), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria, contesta os argumentos utilizados pelo governo Temer para tentar convencer a população e deputados de que o novo texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16 é bom e combate privilégios.
Ao menos três estados da região Nordeste registram mobilizações desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (5) contra proposta de "reforma" da Previdência que o governo Temer tenta votar ainda neste mês. Além da retirada de pauta das mudanças nas aposentadorias, eles também protestam contra a reforma trabalhista, a terceirização e o desmonte dos serviços públicos.
O coordenador de comunicação e educação do Dieese, Fausto Augusto Júnior, alega que as contas do sistema de Seguridade Social do país – que incluem gastos com saúde, assistência social e aposentadorias – estão "no azul".
A semana que começou (4) é decisiva para o encaminhamento da votação da reforma da Previdência proposta pela governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). O presidente tem utilizado de inúmeras artimanhas para convencer parlamentares a aprovar as mudanças no sistema previdenciário no país.