A reforma da Previdência – apresentada por Michel Temer como necessária para tirar o país da crise – além de ser “perversa do ponto de vista social”, não trará alívio às contas públicas no curto prazo. O alerta é do economista Paulo Kliass, que vê nas mudanças uma tentativa de destruir a previdência social, abrindo espaço às previdências privadas. Para ele, as novas regras não apenas retiram direitos, como são de um “grau de maldade impressionante” e, por isso, não se sustentam.
“Mas é óbvio. Está muito claro que o planejamento deles é a destruição total da Previdência. É a terceira grande onda neoliberal, a mais radical de todas, que simplesmente desmonta a estrutura previdenciária toda”, explicou à CTB o advogado e especialista em Previdência Social, Sérgio “Pardal” Freudenthal. A opinião de Pardal rebate os argumentos de Michel Temer que apresentou na segunda-feira (5) proposta de reforma da Previdência Social.
“Mas é óbvio. Está muito claro que o planejamento deles é a destruição total da Previdência. É a terceira grande onda neoliberal, a mais radical de todas, que simplesmente desmonta a estrutura previdenciária toda”, explicou à CTB o advogado e especialista em Previdência Social, Sérgio “Pardal” Freudenthal. A opinião de Pardal rebate os argumentos de Michel Temer que apresentou na segunda-feira (5) proposta de reforma da Previdência Social.
O líder da bancada comunista na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA), criticou o texto apresentado pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, da reforma da Previdência de Michel Temer. Para Daniel, as regras são injustas e muito cruéis para o trabalhador.
O líder da bancada comunista na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA), criticou o texto apresentado pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, da reforma da Previdência de Michel Temer. Para Daniel, as regras são injustas e muito cruéis para o trabalhador.
O trabalhador rural começa a trabalhar em média com sete ou oito anos. Pela reforma da Previdência Social apresentada nesta segunda-feira (5) pelo presidente Michel Temer esse agricultor só poderá se aposentar aos 65 anos, ou seja, 57 anos depois de ter ingressado no ofício. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontam que, ainda em 2014, 70% das mulheres e 78% dos homens começaram a trabalhar antes dos 14 anos de idade.
Por Railídia Carvalho
As medidas ensaiadas pelo governo de Michel Temer para tirar o país da crise continuam sendo rejeitadas pelas centrais de trabalhadores do país. A apresentação da proposta da Reforma da Previdência Social divulgada nesta segunda-feira (5) por Temer e equipe provocou críticas públicas das entidades. Dirigentes reafirmam que os trabalhadores resistirão ao formato da reforma, que no Congresso se tornou a PEC 287.
O governo Michel Temer anunciou nesta terça-feira (6) os detalhes da reforma da Previdência que enviará ao Congresso e, mais uma vez, as Forças Armadas foram poupadas do "esforço coletivo" para aumentar o cofre das aposentadorias no Brasil.
Pascoal Carneiro, Secretário de Previdência da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirmou que a reunião entre o presidente Michel Temer e as centrais foi apenas jogo de cena para a imprensa. “Não trouxe nada de novo”, disse. Para Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi-CUT), a reforma de Temer é “imposição”.
O ataque aos direitos trabalhistas foi tema da 4° Plenária Nacional Comerciária da União Geral dos Trabalhadores (UGT) encerrada na última sexta-feira (25) em Florianópolis (SC). Durante três dias estiveram reunidos 290 dirigentes de todo o país, que aprovaram a “Carta de Florianópolis”, documento-síntese das deliberações do encontro.
Os portuários do Brasil vão cruzar os braços nesta quarta-feira (30) contra as medidas do governo Temer que retiram direitos dos trabalhadores.Através de um comunicado conjunto da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Cargas e Descargas, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco e Arrumadores de Navios (FENCCOVIB) foi divulgado que serão 24 horas de paralisação nacional das atividades do segmento.
O economista Eduardo Fagnani afirma que o governo Michel Temer quer implementar uma reforma “meramente fiscalista”, que desconsidera o fato de que a Previdência é o maior instrumento de proteção social do país, com impacto direto ou indireto sobre cerca de metade da população. Para ele, a reforma se insere em um contexto de ataque ao Estado social e tentativa de implantação do Estado mínimo. O professor denuncia inverdades no discurso do governo e propõe alternativas ao ajuste fiscal.