Em artigo publicado no site da Folha de São Paulo no último sábado (15), intitulado “O mundo de Putin”, o comentarista da Globo, Demétrio Magnoli, aparenta viver em seu próprio mundo. No mundo que acredita existir, o “Ocidente” é um padrão ilibado de moral e promotor altruístico da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Mas a “civilização ocidental” que alcançou o “fim da história”, infelizmente sempre tem que lidar com párias.
Por Thomas de Toledo*
Mais de 95% dos eleitores no referendo da Criméia responderam "sim" à união da república autônoma à Rússia e menos de 5% dos eleitores querem que a região continue a fazer parte da Ucrânia, de acordo com resultados preliminares.
Pesquisa de boca de urna do Instituto de Política e Sociológica da República da Crimeia aponta que 93% dos eleitores da Crimeia votaram a favor da anexação à Rússia.
Neste sábado (15), a Rússia vetou, em audiência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), resolução que previa ação dos Estados Unidos na Crimeia.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, não apresentou qualquer ameaça à Rússia durante as conversações com o ministro russo Serguei Lavrov, realizadas nesta sexta-feira (14)em Londres, declarou o chefe da diplomacia russa a jornalistas, lembrando que os parceiros da Rússia entendem a improdutividade das sanções.
Enquanto a Crimeia e a cidade de Sebastopol reforçam a segurança 72 horas do referendo sobre o status de seus poderes, ressurgem nesta quinta-feira (13) acusações sobre a cumplicidade dos novos dirigentes ucranianos com francoatiradores durante os protestos de Maidán.
Perante o eventual referendo a ser realizado na Crimeia, o presidente norte-americano, Barack Obama, avisou que, se a Rússia continuasse o que chamou de "destruição" de soberania e integridade territorial da Ucrânia, os Estados Unidos iriam forçar a Rússia "a pagar por isso".
Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura de Dostoiévski, e de Púchkin, são as Matriochkas, as bonecas de madeira, delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.
Por Mauro Santayana*, em seu blog
A Ucrânia obteve autorização de realizar um voo de observação sobre o território russo para se convencer da ausência de perigo militar que possa pôr em causa a sua segurança nacional, anunciou, esta quarta-feira, o vice-ministro da Defesa da Rússia, Anatoli Antonov.
A Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança belicosa entre os EUA e a Europa, iniciou o que chama de "exercícios de guerra" na Polônia, vizinha da Ucrânia, e outro “treino” será realizado no Mar Negro, onde fica a península da Crimeia. Nesta terça (11), o Parlamento da região autônoma declarou sua independência da Ucrânia e inicia os preparos para um referendo, mas a escalada beligerante levanta graves preocupações sobre um possível confronto armado.
“Os estadunidenses não experimentam liderança política ou uma mídia independente há tanto tempo que ficam impressionados com as respostas diretas do presidente russo, Vladmir Putin, e com as perguntas reais” feitas pelos jornalistas, diz Paul Craig Roberts, em artido para a emissora persa PressTV, nesta terça-feira (11). Algumas posições mostram a influência da propaganda estadunidense contra a Rússia, ressalta.
O presidente do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), Gunadin Ziuganov, emitiu uma declaração em que analisa os dramáticos acontecimentos na Ucrânia, condena o governo golpista instaurado em Kíev, apoia a resistência popular e os anseios de independência da Crimeia. Leia a íntegra.