A Síria, como nunca, está próxima de se tornar objeto de agressão militar de parte dos EUA. A decisão, segundo tudo indica, foi tomada. Definiram também a tática, resta atravessar o Rubicão. Mas há uma dificuldade. O Ocidente não tem total clareza em relação à estratégia.
Por Serguei Duz*, na Voz da Rússia
A Itália descartou participar de um ataque armado contra a Síria sem a aprovação e o mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmou nesta terça-feira (27) a ministra de Relações Exteriores, Emma Bonino.
Na sequência da escalada discursiva e mobilizadora das potências europeias e dos EUA contra a Síria, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), através da sua presidenta, Socorro Gomes, emitiu uma nota condenatória, nesta terça-feira (27), sobre os planos de agressão iminente contra o país árabe. Leia a íntegra do documento.
Em papel alternado, o Reino Unido tem alimentado a iminência da intervenção militar na Síria, não sem garantir o envolvimento direto dos Estados Unidos, contudo. Nesta terça-feira (27), a emissora estatal britânica BBC reflete como predominante a disposição para a guerra. Em outro sentido, a Rússia e a China advertem contra a intervenção, e Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, deu declarações ao Vermelho sobre o “cerco imperialista”.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Washington procurou endurecer a postura do regime americano contra a Síria nesta segunda-feira (26) após a surpreendente declaração do secretário de Estado do país, John Kerry, alinhado ao argumento do suposto uso de armas químicas pelo governo de Damasco, pretexto para uma intervenção armada.
O presidente Barack Obama ordenará um ataque com bombas ou mísseis contra objetivos no território da Síria, previu em Washington um renomado analista político estadunidense.
Em meio a acusações do governo sírio de preparar grupos armados contra o país, a Turquia admitiu nesta segunda-feira (26) a possibilidade de unir-se a uma eventual coalizão contra Damasco, ainda que não exista nenhum consenso para esta possibilidade na ONU.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pressiona o governo estadunidense para a realização de uma operação militar contra a Síria, declarou o diário britânico The Sunday Times, nesta segunda-feira (26). Fontes do governo teriam informado que as conversações entre Cameron e o presidente dos EUA, Barack Obama, estavam em curso, e que qualquer acordo sobre uma intervenção militar poderia ser realizado na próxima semana.
A equipe da Organização das Nações Unidas de investigação na Síria, de 20 membros, inicia nesta segunda-feira (26) as suas atividades em Ghouta Oriental, próxima à capital, Damasco, onde na semana passada a oposição ao governo alegou que o Exército sírio usou armas químicas contra a população. No trajeto, o comboio que levava a equipe, com seis carros, foi atacado por atiradores de elite, segundo a própria ONU.
O ministro sírio da Informação, Omran al-Zoubi, assegurou neste sábado que um possível ataque militar contra seu país será respondido por Damasco de forma contundente, e advertiu sobre suas consequências muito graves para toda a região.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou neste sábado reunir "os fatos e as provas" antes de tomar qualquer decisão sobre uma eventual intervenção na Síria, em meio a indícios de que forças do Pentágono se posicionam para uma possível ação militar.
O ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, reafirmou neste sábado (24) que o regime em Damasco "jamais utilizou armas químicas", rejeitando as acusações da oposição armada.