Movimentos sociais e centrais sindicais lançaram nota de mobilização para a luta neste 1º de Maio. No documento, ressaltam o posicionamento do movimento sindical em relação as medidas recentes que restrigem os direitos dos trabalhadores, como o projeto de lei que libera a terceirização do trabalho. Além disso, reafirmam a defesa da Petrobras e do pré-sal, fazem "a defesa da democracia, contra o golpismo e a intolerância", aponta o manifesto.
Com base em dados de uma pesquisa feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a secretária nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa, que participou da reunião do Comitê Executivo da Agenda Nacional de Trabalho Decente, realizada nesta quarta-feria (29) lembrou que a cada dez acidentes de trabalho no Brasil, oito acontecem, em média, com funcionários terceirizados.
O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Agusto de Queiroz, teme impacto econômico da terceirização e mostra quais os impactos da lei em tramitação no Congresso.
Este 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, será celebrado mundo afora para dar visibilidade e fortalecer as lutas contra o desemprego e contra o corte histórico de direitos que foram conquistados ao longo de muitas batalhas.
Por Renato Rabelo*
Reforma trabalhista contra os trabalhadores. Golpe. CLT rasgada. Esse é o teor do PL 4330/04, que universaliza a terceirização. A bancada do PCdoB lutará até o fim para barrar o avanço dessa proposta na Câmara dos Deputados.
O Senado promove, no próximo dia 12 de maio, uma terça-feira, sessão temática para debater o projeto que regulamenta e expande a terceirização no País. A matéria, aprovada na Câmara dos Deputados, após muita polêmica e resistência do movimento sindical, foi lido em plenário, nesta terça-feira (28), pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar, nesta terça-feira (28), o projeto de lei 4330, aprovado pela maioria dos deputados, que permite a terceirização da atividade-fim do trabalho. “É um retrocesso”, disse Lula e afirmou que "tranquilamente" a presidenta Dilma Rousseff irá vetar.
Os presidentes da CTB, Adilson Araújo; da CUT, Vagner Freitas; da Nova Central, José Calixto Ramos; e da UGT, Ricardo Patah; se encontram nesta quarta-feira (28), às 16 horas, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tratar do Projeto de Lei da terceirização.
Chegou ao Senado e deverá ser lido na sessão plenária desta terça-feira (28) o projeto que regulamenta e expande a terceirização no país. Polêmica, a proposta deve receber alterações. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os líderes das duas maiores bancadas, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE), já disseram que não concordam com alguns pontos. Além disso, outros senadores já foram à tribuna criticar o projeto.
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (27) que o governo reconhece a importância do projeto que regulamenta a terceirização, mas avaliou que ele deve ser discutido com equilíbrio e não pode significar a perda de direitos trabalhistas e de arrecadação. O projeto está em discussão no Congresso Nacional.
A campanha pelo impeachment contra a Dilma Rousseff é encabeçada por aqueles que temem a ampliação de investigações de atos de corrupção no últimos anos, em especial a Operação Lava Jato. A afirmação do do sociólogo Adalberto Cardoso.
O universo dos trabalhadores assalariados rurais é formado por quatro milhões de ocupados, um contingente em que a maior parte, 59,4% (2,4 milhões), não tem carteira assinada. A situação pode ficar ainda pior se o Projeto de Lei (PL) 4330, que permite a terceirização sem limites, for aprovado.