Minha passagem pelo Jornal da Globo durou três anos. Foi logo após Ana Paula Padrão assumir a bancada do telejornal em 2000, ao substituir Lilian Witte Fibe, com quem também tive a honra de trabalhar interinamente.
Por Marco Aurélio Mello*
“Os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – demitiram em silêncio para não passar recibo.”
A audiência de Fátima Bernardes não para de cair desde a estreia de seu programa na última segunda-feira (25).
O Ministério Público Federal em São Paulo, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, ajuizou ação civil pública contra a TV Globo e a União, com pedido de liminar, para que a emissora deixe de transmitir durante o “Big Brother Brasil”, seja em TV aberta ou em TV a cabo ou por qualquer outro meio, cenas que possam estar relacionadas, mesmo que em tese, à prática de crimes.
A reportagem do Fantástico de 18 de março, que expôs cenas de corrupção e fraude em licitações emergenciais num hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve repercussão compatível com a gravidade da denúncia, que entretanto está longe de ser inédita.
Por Sylvia Debossan Moretzsohn*, Observatório da Imprensa
Em agosto de 2011 as Organizações Globo lançaram, com grande estardalhaço, um documento intitulado “Princípios Editoriais”, contendo as “normas e condutas que os veículos do grupo devem seguir para que seja cumprido o compromisso de oferecer jornalismo de qualidade”, conforme noticiou o G1, portal do grupo.
Uma campanha veiculada pela Internet pede que a população não assista a programação da TV Globo nesta quarta-feira (25). O protesto propõe o fim dos programas de baixaria e de má qualidade como o Big Brother Brasil, veiculado pela emissora. A campanha "Dia 25 de janeiro: dia sem Globo" surgiu após uma participante do Big Brother ter sido supostamente estuprada por um outro integrante do programa, que foi afastado após milhares de protestos nas redes sociais que pediam a sua prisão.
Entidades ligadas a comunicação e direitos humanos condenam posição da emissora, exigem punição à Globo, e pressionam pela elaboração de uma nova legislação para o setor
Por Virginia Toledo, Rede Brasil Atual
O caso BBB, amplamente relatado e reportado na imprensa, não só gerou protestos de diferentes entidades como mobilizou a sociedade em torno de vários questionamentos, entre eles, até que ponto um veículo de comunicação pode ignorar qualquer limite ético em favor dos seus interesses comerciais?
A Frente Paulista pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação (Frentex) e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC) realizam um ato contra a Rede Globo por causa da postura da emissora diante da suspeita de estupro no programa Big Brother Brasil 12. A manifestação será na sexta-feira (20), a partir das 12h, em frente à emissora, em São Paulo.
Intimidade e privacidade são bens indisponíveis. Isto é, não é dado a outras pessoas invadirem esse tipo de bem jurídico. É um direito individual, inalienável e intransferível. Somente a própria pessoa – por ela própria (não por meio de outro) – pode abrir mão desse direito.
“O amor é lindo”. Com essa frase o apresentador Pedro Bial resumiu o assunto do dia na internet e nas mesas de bar Brasil a fora. Um assunto sério, chato e pesado para caramba. Um suposto caso de estupro em um programa de TV. Uma coisa que não tem graça. Um escândalo. Ponto.
Por Nina Lemos, de O Estado