Enquanto as tensões aumentam exponencialmente no leste da Ucrânia – quando o governo interino lança uma operação militar contra manifestantes que não reconhecem a sua legitimidade e que exigem o direito à autodeterminação –, a Rússia, os EUA, a União Europeia e as forças políticas ucranianas em oposição reúnem-se em Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira (17). Um grupo de soldados baixou as armas, mas a iminência de uma guerra civil, para alguns observadores, parece se confirmar.
O Exército da Ucrânia, com ordens do governo interino, enviou tropas para um aeroporto próximo a Slovyansky, no leste do país, nesta terça-feira (15). O novo governo, que tomou o poder de forma inconstitucional, mas foi prontamente reconhecido pelos EUA e pela União Europeia, diz ter lançado uma operação militar “antiterrorista” contra os manifestantes que pedem a federalização ou que têm reivindicações separatistas, enquanto acusa a Rússia de interferir na questão.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, instou o estadunidense, Barack Obama, nesta segunda-feira (14), a evitar um conflito direto no leste da Ucrânia, segundo informações do governo russo. No mesmo dia, um navio de guerra estadunidense, o USS Donald Cook, atracou na Romênia, no Mar Negro. A deterioração do ambiente na região tem levado analistas internacionais a avaliarem a possibilidade de uma confrontação entre EUA e Rússia, embora o governo russo siga apelando à diplomacia.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência neste domingo (13), para discutir a escalada da crise na Ucrânia, horas antes do ultimato do governo interino ucraniano aos rebeldes nas cidades separatistas do leste. A reunião foi convocada pela Rússia, classificando de “criminoso” o plano do governo ucraniano de mobilizar o Exército contra os separatistas, que continuam negando a legitimidade do golpe conduzido pelos que tomaram o poder, com apoio ocidental.
Em uma reunião com oficiais do governo da Rússia, nesta terça-feira (8), o presidente Vladimir Putin disse que o país não pode continuar a sustentar a economia declinante da Ucrânia. Para Putin, esta responsabilidade deve ser dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que reconheceram prontamente as novas autoridades no governo ucraniano, mas ainda não enviaram fundos para apoiar a sua economia.
As circunstâncias externas muitas vezes ensejam golpes de Estado, como certifica o legado da Guerra Fria, recentemente reaquecida com o putsh conservador que instalou na Ucrânia um governo protofascista, sob os auspícios dos EUA e da União Europeia.
Por Roberto Amaral*, na CartaCapital
Uma sondagem revelou nesta sexta-feira (4) que 55 por cento dos sérvios apoia a entrada do país à União Europeia (UE), processo que começou seus primeiros passos há pouco, mas poderia ser prolongado durante meses e anos.
O vice-chanceler e ministro alemão de Economia e Energia, Sigmar Gabriel, negou neste sábado (29) que exista uma alternativa razoável ao fornecimento de gás natural russo à União Europeia (UE).
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) confirmaram nesta quarta-feira (26) sua total cumplicidade para tentar isolar a Rússia devido à questão da Crimeia, bem como para respaldar o governo ucraniano que chegou ao poder em circunstâncias violentas e inconstitucionais.
A união da Rússia, a Crimeia e a cidade heroica de Sebastopol aguçou a atmosfera de tensões com o Ocidente, iniciada depois do golpe de Estado na Ucrânia, a ponto de remontar o clima de guerra fria.
Ressaltando que o imperialismo não recua perante nenhum crime, o dirigente do Partido Comunista Português analisa o pano de fundo histórico da crise na Ucrânia.
Por Albano Nunes, no jornal “Avante!”
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif classificou de “construtiva” sua última conversa com a chefa da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que visitou o país neste fim de semana. Zarif afirmou, nesta segunda-feira (10), de acordo com a emissora persa PressTV, que as relações do Irã com a União Europeia e as negociações sobre o programa nuclear iraniano foram debatidas com Catherine positivamente.