Diante do aumento de vagas para os cursos de medicina, o governo Michel Temer e sua equipe decidiram suspender a abertura de novos cursos durante 5 anos, sob o argumento de que seria preciso “puxar o freio de mão (…) para garantir a qualidade do ensino na área”. Apesar da fala sobre a necessidade de “puxar o freio”, o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ipea chegaram à conclusão de que a falta de médicos é principal problema do SUS.
Por Verônica Lugarini
Na semana passada, a Universidade de Brasília (UnB) informou que poderá deixar de funcionar no mês de agosto por conta do rombo orçamentário de R$ 92,3 milhões. Para Marianna Dias, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), essa situação já é reflexo do teto dos gastos e da falta de priorização do Ministério da Saúde em relação a crise das universidades.
Por Verônica Lugarini
A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) mantinha uma agência de informação que fazia triagem ideológica e fornecia dados aos órgãos de segurança para perseguir alunos, professores e estudantes contrários à ditadura civil-militar (1964-1985).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP), a terceirização que se expande na USP avançou ainda mais. Agora ela atinge também o setor de louça do restaurante universitário central que passou a ter trabalhadores terceirizados. O resultado dessa mudança é: jornadas extenuantes, segregação, assédio moral e precarização.
A Jornada de Lutas da ANPG, que aconteceu entre os dias 27 e 28 de março de 2018, reuniu estudantes de pós-graduação de diferentes partes do Brasil para lutar por pautas importantes para a ciência no país e pela democracria.
O relatório Research in Brazil, disponibilizado pela Clarivate Analytics à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostra que as universidades particulares não produzem absolutamente nada de conhecimento relevante no Brasil.
Último país das Américas a abolir a escravidão, o Brasil tardou a se preocupar com o acesso dos negros ao Ensino Superior, de forma a reduzir as abissais desigualdades perpetuadas no mercado de trabalho. As universidades brasileiras começaram a reservar vagas para pretos, pardos e indígenas somente no início dos anos 2000, mais de quatro décadas depois das primeiras ações afirmativas nos EUA.
Embora o Brasil em 2018 tenha alcançado o maior marco histórico em número de médicos, a alta densidade não garantiu melhor distribuição desses profissionais no País. Além de estarem concentrados em grandes centros e capitais brasileiras, estão mal distribuídos entre os setores públicos e privados de saúde. Os números impressionam: em 2020, o País terá ultrapassado a marca de meio milhão de médicos. A região Sudeste tem a maior taxa, de 2,81 médico por mil habitantes.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) emitiram comunicados anunciando a suspensão dos respectivos calendários de aulas na graduação a partir de segunda-feira (19). O motivo é o mesmo, o governo estadual não autorizou a contratação de professores necessários para o mínimo funcionamento dos cursos superiores.
Aprovada na última quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Ceará, Projeto de Lei Complementar de iniciativa do Executivo Estadual, autorizando o Incremento Salarial para professores Série B (substitutos, temporários ou visitantes) das três universidades públicas estaduais (UECE, URCA e UVA). O projeto corrige uma distorção no salário desses profissionais, que recebiam remuneração abaixo do nível dos professores da rede estadual de ensino médio.
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) é a única universidade pública estadual do Norte, Nordeste e Centro-Oeste entre as 50 melhores instituições de ensino superior brasileiras segundo ranking elaborado pelo SCImago Institutions Rankings (SIR) – que faz uma análise global das instituições de pesquisa públicas e privadas – referente à 2017.
O episódio da intimação de Elisaldo Carlini, um dos pioneiros da farmacologia no País, reforça a perseguição aos pesquisadores.
Por Soraya S. Smaili*, na Carta Capital