Carlos Zacarias, da UFBA, que criou uma disciplina sobre o golpe, fala sobre "a onda de arbítrio que se instalou sobre a universidade". O professor foi intimado a depor na última sexta-feira (09).
Cerca de cem professores das universidades mais importantes dos Estados Unidos, entre elas Brown, Harvard Princeton e Yale, assinaram uma carta de repúdio ao que entendem como tentativa do governo brasileiro de "tolher a liberdade de expressão nas universidades" do país, segundo reportagem da Folha de São Paulo
Eleito por ampla maioria dos professores, alunos e funcionários da da Universidade Federal do ABC (UFABC) em novembro, o então vice-reitor, Dácio Roberto Matheus, deveria ter sido nomeado para comando da instituição até o início de fevereiro. Ignorando o protocolo e alegando falhas burocráticas no processo eleitoral, o ministério da Educação estendeu por tempo indeterminado a gestão do antecessor Klaus Capelle.
Neste 8 de março é importante destacar as conquistas das mulheres no mercado de trabalho nos últimos anos, mas também é necessário trazer à tona as disparidades que ainda perduram na sociedade brasileira. Hoje, de 2,2 milhões de professores que lecionam até o Ensino Médio, 1,8 milhões são mulheres. Enquanto isso, na universidade onde o salário é maior, elas representam 45,28% e os homens 54,72%.
Por Verônica Lugarini
A primeira aula sobre o “golpe de 2016” na UnB (Universidade de Brasília) demandou mudança de sala, seguranças na porta e proibição de gravações de áudio ou vídeo. Nesta segunda-feira (05), o professor Luís Felipe Miguel, titular do Instituto de Ciência Política, reafirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi “golpe”.
Pelo menos 13 universidades terão aulas destinadas exclusivamente ao estudo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Professores dessas instituições ministrarão cursos e projetos de extensão sobre o período que classificam como “golpe de 2016”.
Em reação a tentativa de censura do ministro da Educação, Mendonça Filho, nove universidades públicas devem seguir os passos da Universidade de Brasília (UnB) com a criação de disciplinas optativas sobre o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff. Entre elas estão as duas maiores universidades do país: Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Campinas (Unicamp).
A tentativa do Ministério da Educação (MEC) de proibir uma disciplina sobre o golpe de 2016 e o futuro da democracia, na Universidade de Brasília (UnB), despertou ainda mais o interesse do meio acadêmico para o tema.
Não é de hoje que se descobriu no Brasil que o ensino superior é um negócio vantajoso. Não a formação propriamente dita, não a elaboração e consolidação de um pensamento crítico — essa tem importado pouco, sobretudo em épocas de aprofundamento de recuos e rupturas democráticas, como este pelo qual passa o país, em que a universidade e todo seu potencial reflexivo são encarados como obstáculos aos interesses das forças que tentam manter o poder.
Por Madalena Guasco Peixoto*, na Carta Educação
A disciplina “Tópicos Especiais em Ciência Política 4: O golpe de 2016 e a democracia”, do professor Luís Felipe Miguel, na UnB, já está lotada e tem 40 pessoas na lista de espera. A procura pode ser ainda maior quando o sistema da universidade reabrir para o período de ajuste de matrícula, nesta segunda-feira (26).
Diante de um auditório lotado no Citibank Hall, gigantesca casa de shows da capital paulista, uma aluna de uma das graduações mais tradicionais do país toma o microfone para um discurso duro. “Gostaria de falar sobre resistência. De uma em específico, a que uma parcela dos formandos enfrentaram durante sua trajetória acadêmica”.
A Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), a Universidade Regional do Cariri (URCA) e a Fatec Cariri estão regularizando seus Núcleos de Educação a Distância (NEAD) junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A entrega oficial dos documentos foi realizada na tarde da última quinta-feira (01), no Auditório Castelo Branco, da Universidade Federal do Ceará.