Bolsonaro elegeu as universidades federais como seu alvo de ataques, durante esses seis primeiros meses de mandato, ao disparar embustes como marca de uma prática cotidiana, que mistura o privado com o cargo mais alto da República Brasileira.
Ao opinar sobre a proposta do governo Bolsonaro para as instituições de ensino superior, o professor Remi Castioni afirma que o Future-se ameaça a autonomia universitária e não aponta caminhos para que a universidade brasileira dialogue com a experiências mais avançadas de universidades que existem no mundo.
Para Henry Campos, reitor da Universidade Federal do Ceará, o projeto do governo Bolsonaro que abre para investimento de capital privado nas universidades e institutos federais deveria se chamar "vire-se" ou "privatize-se"
O governo Bolsonaro parece gostar de viver perigosamente, ou esqueceu que o único tema capaz de levar uma boa quantidade de manifestantes às ruas nesses seis meses foi a educação. Num gesto quase temerário, o Ministério da Educação apresentou ao país o programa Future-se, uma espécie de privatização de serviços e atividades das universidades federais.
Por Helena Chagas*
A direção da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), formada pelo colegiado de reitores, concedeu na tarde desta quarta-feira (17) uma entrevista coletiva de avaliação do Future-se, programa que busca ampliar a captação de recursos privados para instituições federais de ensino superior apresentado pela Ministério da Educação (MEC) pela manhã.
"A verdadeira intenção, caso se consolide esta proposta do MEC, é retirar o direito ao ensino superior gratuito".
Por Christian Lindberg*
Em entrevista ao site da União Nacional dos Estudantes (UNE), a reitora da Universidade de Brasília, a professora Márcia Abrahão Moura falou sobre a situação da universidade mediante os atuais cortes realizados pelo governo Bolsonaro. Para ela, as mobilizações contra os cortes de verbas são "importantíssimas".
Ministro do Supremo é professor de Direito da USP.
Dizer que os mais ricos são maioria absoluta nas universidades públicas é uma falácia. Já foi assim um dia, é verdade. Mas pesquisas têm mostrado que isso mudou. E é obrigação dos que, como eu, defendem a educação pública, de qualidade e para todos, desmistificar essa teoria.
Decreto autoriza Secretaria Geral do Governo a avaliar indicações para reitores de instituições federais de ensino.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Foi um espetáculo portentoso o que ontem se viu pelas praças e ruas do Brasil. Centenas de milhares de estudantes, professores, trabalhadores em educação e povo em geral desfilaram sua indignação, suas denúncias e sua criatividade em todos os 26 estados da Federação e no Distrito Federal.
Por Haroldo Lima*