As ligações telefônicas e trocas de mensagens feitas por alguns vereadores da Câmara do Rio de Janeiro no dia do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes estão sendo investigadas pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro garantiu, por decisão liminar do Conselho Nacional do Ministério Público, sua autonomia integral nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Nesta segunda-feira (02), mais de 160 cidades, 15 países e 4 continentes já confirmaram pontos para acender velas e luzes por Marielle e por Anderson. A manifestação acontece após 20 dias do assassinato da vereadora que ainda sem resultados nas investigações.
Por Verônica Lugarini
Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) ligados a questões de direitos humanos e de gênero divulgaram nesta segunda-feira (26) comunicado no qual consideram “profundamente alarmante” o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no dia 14 de março, e do motorista Anderson Gomes. A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça e o motorista por três tiros nas costas. Uma assessora que estava no carro sofreu ferimentos leves.
Resolvi escrever sobre a execução da Marielle Franco e do seu motorista Anderson Pedro, como forma de elaborar o meu sofrimento e indignação diante desse crime abominável. A palavra tem força, seja ela verbalizada ou escrita.
Por Olívia Santana*
Campanha encabeçada por repórteres esportivas joga luz sobre a questão do assédio e machismo nos estádios e fora deles.
No ano em que completa 30 anos do assassinato do ambientalista Chico Mendes e 35 de Margarida Alves, uma fortaleza viva em defesa dos direitos das trabalhadoras rurais, outro crime com motivações políticas, além de racista e fascista, cala a voz da favela, do morro, das negras e negros, do povo, e abala o País. .
O Brasil faz parte hoje de um ranking vergonhoso: junto com mais 13 países da América Latina, está entre os 25 países com as maiores taxas de feminicídio, que é a perseguição e morte pelo motivo de ser mulher. Em 2017, foram 946 casos de feminicídio no país, um aumento de 6,5% em relação a 2016.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) o projeto que cria a Política Nacional de Informações Estatísticas Relacionadas à Violência contra a Mulher. A proposta visa integrar as bases de dados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com a finalidade de reunir, organizar, sistematizar e divulgar dados sobre condutas que causem morte, dano ou sofrimento às mulheres.
Marielle Franco foi uma das 32 mulheres negras eleitas vereadoras nas capitais brasileiras em 2016. Trinta e duas, ou 3,9%, de um total de 811 vereadores eleitos nas capitais. Agora são 31. Marielle, quinta vereadora mais votada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, pelo PSOL, foi assassinada na noite a quarta-feira, dia 14.
A munição utilizada para o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes, na quarta-feira (14), é de lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A munição é UZZ-18, o mesmo utilizado na maior chacina da história de São Paulo.
Costuma-se dizer que os brasileiros não sabem qual é a função de um vereador e muito menos em quem votou nas últimas eleições. Nesta quinta-feira, entretanto, as multidões que se reuniram no centro do Rio de Janeiro e de outras capitais sabiam que Marielle Franco — negra, nascida e criada no Complexo da Maré, mãe desde os 18 anos e ativista pelos direitos humanos — era representante do povo carioca.