Com uma caminhada entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Praça Roosevelt, centenas de mulheres protestaram nesta quarta-feira (8) contra o machismo e a cultura do estupro. O protesto “Por Todas Elas” foi convocado pelas redes sociais e acontece em vários lugares do país. Em São Paulo, a caminhada foi pacífica e durou cerca de duas horas, passando pela Avenida Paulista e Rua Augusta.
Diversos protestos ocorreram em várias capitais nesta quarta-feira (1º), para dizer não à cultura do estupro, que faz uma nova vítima a cada 11 minutos no Brasil. Cerca de 16 estados realizaram atos com o tema “Por Todas Elas” em mais de 50 cidades. As manifestações também reivindicam a imediata saída do presidente interino, Michel Temer, da Presidência da República.
A adolescente de 16 anos vítima de estupro coletivo terá a sua vida alterada mais uma vez. A jovem deixou nesta terça-feira (31) o Estado do Rio de Janeiro com a família. Jurada de morte por traficantes do Morro da Barão, ela foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, do governo federal, e executado pelo governo estadual. O novo endereço da jovem não foi divulgado.
O caso do estupro coletivo sofrido por uma adolescente na Zona Oeste do Rio de Janeiro tomou conta da rede social Twitter, colocando a hashtag “estupro nunca mais” entre os assuntos mais comentados do Brasil.
Mais um caso de estupro envovendo estudantes da Universidade de São Paulo (USP) veio à tona nesta segunda-feira (30). Durante o feriado de Corpus Christi, uma jovem foi estuprada durante a festa dos jogos universitários que ocorreu em Sorocaba, interior do estado. Segundo nota da Atlética da Escola de Comunicações e Artes (ECA), o autor do estupro, conhecido como Ezequiaz Cars, também graduando da USP, teria cometido outros três estupros.
O caso de estupro coletivo registrado no Rio de Janeiro neste final de semana deixou claro que chegamos à barbárie completa. A jovem de 16 anos teve vídeos e fotos de sua violação compartilhados na internet pelos próprios algozes. E só denunciou o crime quando viu a repercussão porque até então tinha medo de represálias dos traficantes envolvidos.
Por Mariana Serafini
Neste momento de profunda dor, no qual todas nós nos sentimos estupradas por mais de 30 homens no Rio de Janeiro, minha indignação aumenta a cada instante, já que a cultura do estupro se aprende em todos os lugares nesta sociedade patriarcal, machista, misógina, racista, lesbofóbica, transfóbica e homofóbica. A cultura do estupro também se aprende na escola.
Por Silvana Conti*
O Governo do Estado do Ceará dispõe de equipamentos para dar suporte, acolher e proteger mulheres vítimas de violência, além de canais para denúncias. A Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres orienta que a mulher vítima de violência deve seguir para o Centro de Referência da Mulher, onde será realizado o acolhimento e a consulta.
Por ter suas imagens pornográficas compartilhadas na internet, o caso de estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos em uma favela da Zona Oeste do Rio de Janeiro no domingo passado (22), ganhou repercussão mundial e também deverá ser investigado como crime federal. A vítima entrou no programa de proteção à testemunha e teve advogada dispensada neste domingo (29). A Delegacia de Criança e Adolescente Vítima assumiu o caso.
Não precisa inventar a roda Dr. Michel. Desde 2007 existe um Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, onde foram propostas medidas, saídas de conferências que envolveram milhares de brasileiras e que estão em construção desde então.
Por Jô Moraes*
Dois casos de estupro coletivo abalaram o país nesta semana. Uma jovem de 17 anos foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro. Outra, de 16, no Piauí, foi vítima de cinco homens. A primeira teve hemorragia interna e uma ruptura na bexiga, a segunda foi encontrada horas depois do crime ferida e amordaçada com a própria calcinha. “Não dói o útero, dói a alma”, disse a de moça de 17anos depois de sair do hospital e voltar para casa com a família.
Por Mariana Serafini
Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, cidade sede das Olimpíadas 2016, mais de trinta homens estupraram uma adolescente, o fato causou horror no Brasil inteiro. Nas redes sociais aconteceu uma explosão de mulheres que se sentiram pessoalmente atacadas pela exposição pública de tamanha barbárie: os próprios criminosos publicaram no Twitter o vídeo comprovando a tortura, fizeram piadas, e se vangloriaram do corpo desacordado e ensanguentado da jovem.
Por Rosita Schaefer*, especial para o Vermelho