A presidenta eleita Dilma Rousseff definiu como evidência de um retrocesso a prisão ocorrida nesta terça-feira (17) do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. Ao tentar mediar um despejo em São Paulo, o líder foi preso pela Polícia Militar do estado. Parlamentares e representantes do movimento sindical também se posicionaram contra a prisão.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi preso na manhã dessa terça-feira (17) ao tentar abrir diálogo com policiais militares sobre o despejo de 700 famílias que moram na ocupação Colonial, bairro de São Mateus, localizado na zona leste da capital paulista. No total, 3.000 mil pessoas na maioria idosos e crianças, estão sem teto a partir de hoje e optaram pela resistência.
O padre Valdir Silveira, coordenador da Pastoral Carcerária no Brasil, é uma das pessoas que mais conhecem o sistema prisional do país. São anos de escuta aos presos, presas, seus familiares, funcionários e autoridades.
Por Mauro Lopes, no Blog Caminho pra Casa
O ex-secretário nacional de Juventude Bruno Júlio e o deputado federal Major Olímpio (SD-SP), que deram declarações em defesa dos massacres observados nos presídios de Amazonas e Roraima nos últimos dias, serão alvo de ações por incitação à violência. Bruno Júlio, por meio de pedido de investigação contra ele no Ministério Público, pela prática dos crimes de apologia ao crime e incitação ao homicídio.
Para reprimir duramente manifestantes, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), consente ao secretário de segurança do estado Cezar Schirmer (ex-prefeito de Santa Maria/RS pelo PMDB, que tem seu nome citado no processo de investigação do incêndio da Boate Kiss em 2013), autorização para uso de força ostensiva militar para reprimir manifestantes.
Por Lucivânia Nascimento dos Santos e Éverton Carlos Brezolin
A Polícia Militar invadiu a Casa Fora do Eixo Amapá, centro de cultura e sede da Mídia Ninja, em Macapá, na noite de domingo (8). Segundo reportagem publicada no site da Mídia Ninja, policiais fora do horário de serviço e soldados fardados entraram sem mandado de segurança, apontaram armas e agrediram com socos e chutes as pessoas que estavam no local.
Mais um episódio de violência por parte do latifúndio tensiona a disputa em torno das terras da Usina Santa Helena, em Santa Helena de Goiás-GO. Na última quarta-feira, dois seguranças fardados da empresa, ligada ao grupo Naoum, efetuaram disparos contra o acampamento Leonir Orbak, ameaçando e assustando as famílias que ali vivem.
A Brigada Militar, cumprindo ordens do governador Sartori (PMDB), reprimiu violentamente educadores e outros servidores públicos durante manifestação pacífica em frente ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio – Rio Grabnde do Sul, ocorrida nesta segunda-feira (9).
Com o sinal verde para usar da truculência em manifestações convocadas pelos movimentos sociais, a PM do Distrito Federal redobrou o uso da força em uma manifestação convocada por entidades ligadas aos estudantes, que lutam contra o aumento da tarifa dos transportes públicos, que terá reajustes de até 25% nas passagens de ônibus e metrô.
Durante a realização da VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Rio de Janeiro, os feirantes e o público visitante tiveram que lidar com uma situação inesperada. Pela primeira vez em oito edições, as atividades tiveram que ser interrompidas antes do horário.
Manifestantes foram às ruas do Rio de Janeiro nesta terça-feira (6) protestar contra as medidas do governo do Estado, previstas para serem votadas na Assembleia Legislativa nesta tarde. O protesto, no entanto, foi recebido com forte aparato policial.
Desde de que as manifestações pró-impeachment começaram, cerca de 1 ano atrás, observamos o tratamento distinto ofertado aos protestos ligados a grupos de esquerda e direita. Nesta semana, o Brasil acompanhou milhares de estudantes que lutavam contra a PEC 55 serem violentados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Por Laís Gouveia